Os jogadores convocaram nesta quarta-feira para 6 de maio uma greve geral por tempo indeterminado em protesto contra a pouca atenção dada as suas demandas, informou o presidente da Fabol (Jogadores de Futebol Associados da Bolívia), Milton Melgar.
A medida poderá prejudicar o Campeonato Boliviano, disse Melgar para acrescentar que os jogadores cansaram de pedir aos dirigentes a adoção imediata do contrato único e aceitem o Tribunal de Arbitragem, como estabelece a Lei, entre algumas demandas.
“Não nos resta outra alternativa”, sublinhou Melgar, assegurando que os dirigentes não estão cumprindo um acordo assinado há dois meses.
Anunciou que Fabol enviou uma carta de notificação à Federação Boliviana de Futebol anunciando a convocação da greve.
Melgar lembrou que a maioria dos clubes assina com seus jogadores contratos que não se ajustam às recomendações da Confederação Sul-americana de Futebol, e que, até essa data, não funciona o Tribunal de Disputa, que deve resolver os contenciosos entre jogadores e clubes.
Além disso, Melgar disse que os dirigentes se comprometeram a avaliar uma solicitação apresentada pelos jogadores há dois meses, para eliminar a sanção econômica para os flagrados nos exames antidoping.
Os jogadores bolivianos que, segundo Melgar, recebem os piores salários da América do Sul, consideram suficientes os seis meses de suspensão sem o acréscimo de uma multa de US$ 8 mil dólares, que alguns não podem pagar.
“A paciência acabou”, afirmou Melgar para quem a greve só será suspensa com uma resposta positiva dos dirigentes.
Com a paralisação, a 14ª rodada do campeonato boliviano, disputado por 12 clubes, está ameaçada.
AFP
