O meia Sousa, do Vila Nova, que é paraibano natural de Olivedos, se recusou a participar do esquema de manipulação de lances e resultados de partidas no futebol brasileiro. O caso veio à tona no sábado (13), após mensagens dele com outro jogador, chamado Romário, serem publicadas em uma matéria do ge.com.
Conforme visto pelo ClickPB, em 2022, o volante Romário, que já havia jogado no Vila Nova, aliciou ex-companheiros de clube. Um dos alvos foi Sousa, que recebeu um pedido para que fizesse um pênalti, no primeiro tempo, em uma partida contra o Sport, realizada em novembro, durante a Série B do Campeonato Brasileiro.
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“Atrás de mim os cara [sic] fez a operação aqui pai. É só um pênalti, os cara [sic] vão te dar 150 mil. Faz esse favor pra me [sic] aí por favor. Se não acontecer ou ter que pagar 500 mil, tô fudido, cara mandou até foto da rua de casa”, disse Romário a Sousa.
No entanto, o paraibano negou. Ele respondeu a mensagem do aliciador dizendo que o que ele estava propondo era “coisa séria” e que o clube ou os jogadores do Vila Nova haviam recebido uma promessa de ‘mala branca’ (dinheiro oferecido por um clube para que jogadores de um outro clubes vençam uma determinada partida) para vencer o time pernambucano.
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“Mano como vou fazer isso mano. Tem como não, tá doido. Isso é coisa séria viado. Os caras [um clube] ofereceram uma pancada para nós ganhar o jogo”, rebateu Sousa.
No decorrer da conversa, Romário insiste e pede para Sousa cometer a penalidade, desde que o Vila Nova esteja ganhando a partida. Como resposta, Sousa negou o ato e disse que tinha uma carreira.
Romário é réu na Operação Mensalidade Máxima, que investiga um esquema de manipulação de lances e de resultados de partidas nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro, além de campeonatos estaduais.
Outro paraibano citado nas investigações é o lateral direito Nino Paraíba, afastado do América Mineiro. Ele foi flagrado em mensagens, mas ao invés de Sousa aceitou participar do esquema e, inclusive, pediu aumento e acerto de valores a receber junto aos criminosos.
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Em outra parte das investigações, o Campeonato Paraibano deste ano foi citado pela Revista Veja como um dos possíveis estaduais que estariam sendo manipulados. O ClickPB tentou contato com a Federação Paraibana de Futebol (FPF) para saber um posicionamento da entidade sobre a citação do Paraibano, mas não obteve resposta.
Entenda o caso
O Ministério Público de Goiás (MPGO) vem promovendo uma série de investigações contra um esquema de apostas esportivas promovido nos Campeonatos Brasileiro das Séries A e B, em 2022, e em alguns campeonatos estaduais deste ano. O esquema envolve a participação de jogadores, como o paraibano Nino Paraíba, que recebiam até R$ 80 mil para cumprir objetivos pré-determinados.
O crime, segundo o MPGO, começou a ser descoberto quando o presidente do Vila Nova-GO foi até o órgão e denunciou um esquema envolvendo jogadores do próprio clube.
O esquema funciona quando apostadores entram em contato com jogadores e oferecem valores altos para que eles cumpram ações em campo, como levar cartões amarelos ou vermelhos, cometeram faltas e penalidades, fazerem gols contra ou cederem laterais e escanteios.