La mano de Dios”, filme que recria a biografia do argentino Diego Armando Maradona, será apresentada no Festival de Cannes no mês de maio e seu lançamento está previsto para setembro.
Dirigido pelo italiano Marco Risi e com roteiro de Manuel Valdívia, Manuel Ríos e César Vidal, “La mano de Dios”, cuja filmagem acaba de ser concluída, abrange desde a infância do ex-jogador até sua primeira crise cardíaca e sua firme decisão de se recuperar. O filme passa por sua etapa de maior glória no futebol, na qual ganhou dez títulos que lhe valeram o status de melhor atleta do século, em uma votação promovida pela Fifa, em 2000.
O primeiro incidente grave que Maradona teve com seu coração em janeiro de 2000, em Punta del Este, é o ponto de partida deste filme biográfico, que mostra o contraste entre a glória esportiva e o naufrágio pessoal de um homem ao qual ninguém preparou para ser idolatrado como um Deus no mundo inteiro.
O ex-jogador argentino sofreu em 2000 uma grave crise cardíaca após ter consumido cocaína. No filme, Maradona, que naquele momento sentiu a morte muito próxima, começa a repassar a história de sua vida.
O “pibe de ouro” lembra seus primeiros momentos com a bola, em um subúrbio de Buenos Aires, até seu sucesso, que o levou a ser o personagem mais conhecido do planeta. “La mano de Dios” mostra cenas de suas primeiras partidas em um campo de várzea do bairro Fiorito e de seus dias de glória no Boca Juniors, Barcelona e Nápoli. Mas também mostra com crueza a deterioração física de um ídolo caído e sua vontade de seguir adiante.
Sua vida sentimental também será um dos eixos fundamentais do filme, desde sua relação adolescente com Claudia, com quem se casou, teve duas filhas e da qual terminou se separando, até sua relação com a italiana Cristiana Zíngara, com a qual teve um filho.
Marco Risi, diretor italiano premiado no Festival de Veneza, tem em seu haver filmes como “Três esposas” (2001), “O último Ano Novo” (1998) e “Mery para sempre” (1989).
O nome do filme se deve ao apelido dado a Maradona por causa do segundo gol marcado em uma partida histórica, entre Argentina e Inglaterra, pelas quartas-de-final da Copa do Mundo de 1986. O jogador se justificou por ter marcado um gol de mão alegando que foi a mão de Deus.
Lancepress
