Horas antes da grande decisão com o Botafogo, o treinador da equipe do Treze, Maurício Simões, recebeu com exclusividade a reportagem do ClickPB, nesta quarta-feira, em seu apartamento no Hotel Caiçara, em Tambaú, onde a delegação da equipe trezeana se concentra para a decisão de logo mais contra o Botafogo, para rebater as críticas veiculadas na imprensa paraibana, de que “não temia a arbitragem e nem a justiça de Deus e que João Pessoa era o quintal da cidade do Recife”.
Simões admitiu que cometeu um equívoco “por que na mesma hora que eu falei que não temia a justiça de Deus, eu pedi a alguns repórteres que ratificassem a declaração ao dizer a única coisa que mais temo é a justiça de Deus”, acrescentando que os repórteres colocaram apenas o que os interessaram.
Quanto ao voto de repúdio aprovado ontem pela Câmara Municipal de João Pessoa, o treinador avalia que “a classe política tem o direito de fazer o que quiser, mas o fator principal de um político é saber dirigir a sua cidade”, ponderou.
Outro argumento levantado por Maurício Simões, diz respeito aos laços que possui com a cidade de João Pessoa, onde lembrou que a sua mãe (in memória) nasceu na cidade, sua irmã também é pessoense, assim como seus tios e primos. “Quando falei não era dos pessoenses, eu não generalizei. Como eu amo Campina Grande, eu gosto e amo e adoro João Pessoa, quando você é insultado é a mesma coisa de dizer que um negro não pode entrar em um determinado local e que ele é um negro safado, essas coisas que as pessoas gostam de fazer e que não concordo”, desabafou, salientando que pode voltar a dizer que João Pessoa é o quintal da sua casa a estas pessoas.
Classe Política – Mostrando que não tem medo da classe política, Simões disse que se mantém informado das notícias dos bastidores do cenário político, através dos portais e dos jornais e que considerou esta atitude como um insulto. “João Pessoa é tão bonita e tão grande, Campina Grande é tão bonita e tão grande. Não é pela falta de uma praia que isto vai mudar alguma coisa, amo e adoro Campina Grande”, revelou.
Sem papas na língua, Simões mandou um recado direto aos políticos: “vão trabalhar, o Brasil e João Pessoa precisam de políticos que trabalhem e não que venham se aproveitar de determinados momentos, que é uma das coisas que o político mais gosta de fazer”, disparou.
De acordo com o comandante do Galo da Borborema, no dia de ontem, a Câmara Municipal de Campina Grande aprovou um voto de aplauso a sua pessoa. “Fiquei sabendo que possivelmente amanhã, um título de cidadão campinense pode estar sendo votado para mim. Não quero título e não quero nada”, frisou, mostrando-se preocupado com a má fé de alguns setores da imprensa que estão distorcendo a verdadeira informação.
Religião – Procurando demonstrar arrependimento ante ao mal entendido, Maurício Simões teve a ombridade de pedir desculpas aos cristãos: “Queria pedir desculpasr aos cristãos (também sou), que quando falei que não temia a justiça de Deus, foi um erro que na mesma hora eu ratifiquei mas ninguém colocou, peço perdão as pessoas que machuquei e minha intenção não era de magoar”, refletiu.
Decisão – Concluindo a entrevista, o treinador disse que a equipe do Treze está bem preparada física e tecnicamente para o embate contra o Botafogo. “A equipe não perdeu o foco de jeito nenhum, sabendo que vai enfrentar um grande adversário”, explicou, relatando ao ClickPB que o duelo será marcado pelo equilíbrio: “Em seis partidas, o Botafogo venceu três em João Pessoa e o Treze venceu três embates em Campina Grande”.
Redação ClickPB
[EXCLUSIVO] Isolado no quarto de hotel, Maurício Simões pede desculpas
Técnico do Treze reconhece deslize, mas lamenta críticas de classe política pessoense.
Esporte
Esporte
Esporte
Esporte
Esporte