O volante Edmílson demonstrou emoção em suas primeiras palavras após ser cortado da Seleção Brasileira que disputa a Copa do Mundo. Ele não conteve as lágrimas ao lamentar a lesão no joelho direito e agradeceu o apoio dos companheiros.
“Vou embora, mas meu coração vai ficar aqui com o pessoal. Ainda vou voltar para a Seleção Brasileira e conquistar muitos títulos”, declarou o atleta, substituído pelo volante Mineiro, do São Paulo.
“Estou até meio anestesiado. O que mais me dói é que eu trabalhei muito para chegar nessa Copa”, acrescentou o volante, que pretende ser operado rapidamente para poder atuar pelo Barcelona no início da próxima temporada.
Edmílson explicou por que decidiu voltar para o Brasil o mais rápido possível e rasgou elogios para Mineiro. “Não conseguiria ficar aqui, é muito difícil. Acho que eu não vou nem dormir nesta noite, mas está chegando um jogador que merece estar na Seleção.”
O jogador também fez questão de agradecer o apoio que recebeu dos companheiros. Dirigiu-se especificamente a alguns membros da comissão técnica e ao lateral-direito e capitão Cafu.
“Faço parte de um grupo que me ajudou muito. Quero tirar o chapéu para o Cafu, que sempre foi meu ídolo e agora é ainda mais. Gente como ele, o Zagallo e o Parreira, eu não vou esquecer nunca”, comentou.
Edmílson aproveitou para negar qualquer problema com Adriano, com quem trocou entradas ríspidas nos treinamentos da Seleção. “Não tive nenhum atrito com o Adriano. Foi apenas uma coisa de treino.”
Por fim, o atleta contou que vinha lutando contra a dor em Weggis. “Não me apresentei contundido. Senti uma sobrecarga pela temporada toda, e a situação piorou aqui. Acho que era uma coisa que estava levando na raça.”
A quarta-feira começou agitada para Edmílson, que foi um dos primeiros jogadores a descer do ônibus para o treinamento em Weggis. Ele passou pela chamada zona mista, mas alegou “um probleminha”, preferiu não dar entrevistas e foi rapidamente para o vestiário.
O jogador ficou parte do treino dentro do local e seguiu para o hotel da Seleção Brasileira antes que a atividade comandada por Carlos Alberto Parreira terminasse. Mais tarde, emocionado, concedeu entrevista coletiva, lamentando bastante a contusão no joelho.
Edmílson subiu em um avião da Swiss Air, em Zurique, às 22h30 (17h30 de Brasília) desta quarta. Sua chegada ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, está prevista para as 5h20 (de Brasília) de quinta.
Redação Terra
Edmílson se despede e diz que o coração fica na Seleção
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