Uma audiência pública discutirá na próxima segunda-feira, às 14h30, o projeto que lei proposto pelo deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT/MG), que tranfere o Mineirão e os imóveis que compõem o seu complexo esportivo para os clubes de futebol da capital mineira.
Foram convidados para a audiência os presidentes do América-MG, Atlético-MG e Cruzeiro, além do reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ronaldo Tadeu Pena, o presidente da Administração de Estádios do Estado de Minas Gerais (Ademg), José Eustáquio Natal, o presidente da Associação Mineira de Cronistas Esportivos (AMCE), Dirceu Pereira, e o presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Paulo Schettino.
De acordo com o projeto, a transferência deve ser feita mediante licitação entre os clubes. O vencedor terá o direito de administrar o estádio por cerca de 30 anos, cabendo a ele a função de cuidar da manutenção e investir em melhorias de infra-estrutura do local.
O projeto prevê ainda que, além das exigências legais, o clube vencedor da licitação deverá bancar todas as despesas com os projetos, construções, material, mão-de-obra e encargos financeiros, tributários, previdenciários, além de outros gastos relativos à execução das obras de reforma e manutenção.
O clube também deverá conservar a área e as instalações em condições de perfeito atendimento de suas finalidades e acatar as determinações da fiscalização do Estado.
Contudo, a proposta pode esbarrar em outra iniciativa do estado mineiro. Em encontro realizado no início de abril, o governador de Minas Gerais Aécio Neves pediu ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira que o Mineirão seja uma das sedes caso a Copa do Mundo de 2014 se realize no Brasil.
Ricardo Teixeira elogiou a estrutura do Mineirão e considerou a idéia, já que, segundo o presidente da CBF, o estádio é um dos poucos no Brasil que está capacitado para receber as obras e os ajustes exigidos pela FIFA. Com isso, os clubes podem optar por uma ação do Estado.
O Mineirão foi inaugurado em 5 de setembro de 1965. O segundo maior estádio coberto do Brasil foi projetado pelos arquitetos Eduardo Mendes Guimarães Júnior e Gaspar Garreto e tinha capacidade para 130 mil pessoas. Atualmente é administrado pela Ademg.
Lancepress
