Esporte

Alemanha quer ganhar no campo do meio ambiente

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Os organizadores da Copa 2006 se propuseram, em um ambicioso projeto ecológico chamado “Green Goal”, a reduzir os danos causados ao meio ambiente ou compensá-los por meio de investimentos na área nos países do Hemisfério Sul.

O instituto de ecologia aplicada Oko-Institut de Friburgo avaliou em cerca de 100 mil toneladas os gases causadores do efeito estufa que serão liberados por ocasião da Copa, já que apenas os transportes produzirão 77,4% desta quantidade.

Calculando uma compensação de 10 euros por tonelada de gás emitida, o custo total deste reequilíbrio ecológico chega a um milhão de euros, segundo este instituto.

Estes prejuízos irreversíveis serão “compensados” com investimentos de 1,2 milhão de euros em projetos de prevenção contra a mudança climática na África do Sul, que organizará a Copa do Mundo de 2010, e na Índia.

“Esta verba sairá exclusivamente do futebol e dos colaboradores do projeto Green Goal, cujo balanço será apresentado meses depois da Copa”, destacou o vice-presidente do comitê organizador, Horst Schmidt.

A Federação Internacional de Futebol (Fifa) participa do projeto, uma novidade para a história do futebol, com 400 mil euros.

A Federação Alemã de Futebol (DFB) investiu 500 mil euros em instalações modernas de gás biológico produzido a base de fezes de vaca no estado indiano de Tamil Nadu, que permitirão reduzir cerca de 30 mil toneladas de emissões de gás provocadoras do efeito estufa.

Um dos dois projetos previstos na África do Sul consiste em trocar a calefação do carvão pela biomassa em uma plantação de limão e o outro em utilizar metano (CH4), um dos principais gases causadores do efeito estufa, gerado por uma estação de depuração, para produzir eletricidade.

O projeto pretende ainda aumentar o uso dos transportes públicos durante a competição, utilizar energias renováveis, reduzir o consumo de água e energia em 20%, assim como diminuir a quantidade de lixo nos estádios.

“Por causa do futebol, todo mundo terá os olhares voltados para a Alemanha. Queremos ser um modelo também na proteção do meio-ambiente”, explicou Franz Beckenbauer, presidente do comitê organizador do acontecimento que atrairá a mais de três milhões de visitantes.

“Houve uma ação parecida nos Jogos Olímpicos de Sydney (em 2000), mas os objetivos não eram tão ambiciosos”, destacou o ministro alemão do Meio Ambiente, Sigmar Gabriel.

Nos 12 estádios serão levados em conta as medidas de economia de energia na hora das obras de construção e reforma, que custaram mais de 1,4 bilhão de euros.

Por exemplo, o maior equipamento de energia solar em um estádio alemão estará em Kaiserslautern. As cisternas de água da chuva do estádio de Stuttgart garantirão a economia de cerca de quatro milhões de litros por ano.

Os organizadores, que estão empenhados em reduzir e reciclar os lixos produzidos durante a Copa, apostam em um sistema de controle de separação de vidro, plástico e papel: as típicas salsichas alemãs serão servidas em embalagens de papel.

Eles também farão o máximo para que os alemães deixem seus carros em casa: a meta é fazer com que 50% da população utilize o transporte público.

Em Berlim, dois ônibus movidos a hidrogênio circularão pela cidade para os jornalistas e os trens proporão reduções especiais. Inclusive o Brasil, campeão atual, alugou um trem para ir de estádio em estádio.


AFP

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