Os partidos PL, o PSD e o MDB estão sendo acusados na Justiça Eleitoral de fraude à cota de gênero nas Eleições 2024, em João Pessoa. As denúncias foram feitas por candidatos e partidos adversários e atingem seis vereadores eleitos para a Câmara Municipal da Capital.
PL
Segundo a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), o PDT acusa o PL de João Pessoa de usar candidaturas laranjas para fraudar a cota de gênero. Conforme a denúncia, três candidatas tiveram altos valores de recursos em campanha, cada uma com R$ 125 mil, mas alcançaram resultados mínimos em votação: Jéssica Luana teve 37 votos, Elaine de Souza teve 89 votos e Helô Tavares somou 39 votos.
Além disso, o PDT aponta que as candidatas do PL não fizeram campanha eleitoral, fizeram contratação fictícia de serviços de marketing e de advocacia e membros das campanhas teriam vínculos com outros candidatos.
O PDT pede a suspensão da diplomação dos candidatos eleitos e a cassação dos registros de candidatura do PL, além da declaração de inelegibilidade.
No PL, a ação atinge os vereadores eleitos Carlão Pelo Bem, Durval Ferreira e Fábio Lopes. Fábio é o novato na Câmara de João Pessoa e Carlão e Durval já têm mandato na Casa.
MDB
O MDB também foi acusado de fraude à cota de gênero nas Eleições 2024, em João Pessoa. O suplente de vereador Alexandre Ítalo (Mobiliza) foi quem ingressou com a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije). No MDB, o vereador reeleito Milanez Neto pode ser afetado, caso a ação resulte em cassação da chapa.
PSD
Uma candidata a vereadora do PDT foi a primeira a entrar com ação questionando o resultado das Eleições 2024 de João Pessoa. Ela acusa o PSD de fraude à cota de gênero. O atual presidente da Câmara, vereador Dinho Doswley, e o novato Guga Moov Jampa podem ser atingidos se a AIJE cassar diplomas do PSD.