A direção nacional mudou o comando do Partido da Mulher Brasileira (PMB) na Paraíba e o novo dirigente quer levar o apoio do partido a Nilvan Ferreira. A coligação de Pedro Cunha Lima reagiu e acredita que não haverá mudança na formação do grupo. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta terça-feira (6), conforme apurou o ClickPB, Ricardo Alvarenga disse que o juiz eleitoral Arthur Fialho, do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) cometeu “incompetência territorial julgando uma questão da nacional no TRE da Paraíba.”
De acordo com o repórter Felipe Nunes, do Arapuan Verdade, a direção nacional havia destituído a comissão provisória do partido, comandada por Luan Alves, desde julho. Mas Luan seguia na direção por decisão liminar do juiz Arthur Fialho. Luan Alves foi quem levou o partido, em convenção, a apoiar Pedro Cunha Lima a governador da Paraíba. Mas, com o desmonte da comissão provisória, quem assume o PMB é o advogado Ricardo Alvarenga, por decisão da executiva nacional. Ricardo Alvarenga quer levar o PMB para a base de Nilvan Ferreira.
Segundo Alvarenga, “o juiz eleitoral Arthur Fialho cometeu incompetência territorial julgando uma questão da nacional no TRE da Paraíba. Isso causou uma insegurança jurídica no partido. Agora eu retomei a presidência do partido. O Luan Alves de Araújo e o Moisés Gouveia foram expulsos do partido e o primeiro tesoureiro também foi expulso.”
Ainda de acordo com o novo dirigente do Partido da Mulher Brasileira, “a mudança ocasiona que nossa coligação, com mais de 46 candidatos, 13 federais e 33 estaduais, vai para a coligação de origem, que é com Jais Messias Bolsonaro, Nilvan Ferreira e Bruno Roberto. Então Pedro Cunha Lima e Efraim cometeram o erro de fazer convenção com pessoas expulsas. Foram expulsas no dia 15 e fizeram a convenção no dia 6 do outro mês.”
Ele também falou em processar o União Brasil e o PSDB. “Ocasiona que agora nós vamos entrar com ações indenizatórias contra o União Brasil e o PSDB, querendo pegar o fundo partidário para indenizar o tempo que os nossos candidatos perderam, o material que eles gastaram e vou pedir o recolhimento de todo o material que está na rua com o nome do nosso partido.”
Coligação de Pedro reage
O advogado Lincoln Mendes, da coligação de Pedro Cunha Lima, a quem o PMB está vinculado nas Eleições 2022, oficialmente, disse que não há espaço no calendário eleitoral para mudança no posicionamento do PMB. “Foi aprovada na convenção regularmente convocada. Não tenho dúvidas de que isso será reconhecido na Justiça. O que eu vejo é uma aventura desse senhor que veio aqui como interventor na comissão provisória, que foi afastado pelo próprio TRE-PB e ele veio tumultuar o processo eleitoral no estado da Paraíba. Estamos certos de que o TRE-PB não irá acatar qualquer tentativa de burla.”
Ainda conforme o advogado, à reportagem do Arapuan Verdade, conforme apurou o ClickPB, “observando a ata do candidato Nilvan Ferreira, do PL, há registro de que não há coligação com nenhuma agremiação. Eu acho que o senhor Ricardo Alvarenga quer forçar um casamento com o PL que sequer reconhece esse apoio.”