O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que o diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, interrompa “imediatamente” operações da corporação sobre transporte público de eleitores neste domingo (30), dia do segundo turno das eleições.
Moraes estabeleceu que, se Silivinei não cumprir a ordem, receberá multa pessoal e horária de R$ 100 mil e sofrerá imediato afastamento das funções e prisão em flagrante por desobediência e crime eleitoral.
O TSE foi acionado pela coligação do candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A campanha alegou que a PRF estaria fazendo operações e dificultando o transporte público de eleitores (veja relatos mais abaixo).
No sábado (29), o TSE já havia determinado que a PRF não fizesse operações no transporte público, para não atrapalhar a votação.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também no sábado pediu explicações para a PRF sobre eventuais operações.
Neste domingo, diante dos relatos de descumprimento da ordem, Moraes determinou que Vasques dê esclarecimentos imediatos.
“Oficie-se, com urgência, o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal para informar imediatamente sobre as razões pelas quais realizadas operações policiais […] relacionadas ao transporte público de eleitores”, escreveu Moraes.
Pedido de voto
Na noite do sábado, Silvinei Vasques postou no Instagram um pedido de voto no presidente Jair Bolsonaro. Depois, apagou o post.
Relatos de fiscalizações e bloqueios da PF
Relatos, em especial no Nordeste, dão conta de operações de fiscalização da PRF. Algumas cidades são:
Cuité (PB): prefeito denuncia blitz da PRF
Jacobina (BA): relato de blitz
Benevides (PA): PRF para ônibus com eleitores
Garanhuns (PE): bloqueio em Garanhuns