A Braiscompany registrou em seu balanço contábil de 2022 que possuía R$ 774 milhões no setor de locação de criptoativos, que a empresa suspeita de ser pirâmide financeira alardeava ser negócio principal. A informação consta, segundo apurou o ClickPB, no inquérito civil aberto pelo Ministério Público contra a companhia.
De acordo com o portal do Bitcoin, site especializado no tema, isso leva a crer que essa é a quantia de dinheiro de clientes que estava sob a posse dos fundadores da empresa Antonio Neto Ais e Fabrícia Campos — hoje considerados foragidos.
Em artigo publicado no Portal do Bitcoin, foi divulgado que em 2021 a empresa apontou que possuía R$ 170 milhões em uma conta de compensação, que seria o montante dos clientes sob posse do grupo. Foi um aumento de 355% em um ano.
A Polícia Federal calcula que o esquema tenha provocado um prejuízo de R$ 1,5 bilhão.
O balanço apresentado pela Braiscompany afirma que esse valor de R$ 774 milhões em 2022 está dentro de “Contas de Compensação”, em uma área chamada “Contratos de Locação” e “Locação de Criptoativos”.