O primeiro navio com coque de petróleo que será utilizado na operação da nova fábrica de cimentos da Elizabeth, em Alhandra, chegou nesta sexta-feira (22) ao Porto de Cabedelo. O material é o combustível utilizado para manter os fornos da unidade fabril em funcionamento. As obras estão em fase de conclusão e a expectativa é que a fábrica comece a operar a partir da segunda quinzena de outubro.
A embarcação, que partiu do Texas, nos Estados Unidos, trouxe 33 mil toneladas de coque, quantidade que será o bastante para abastecer a produção até dezembro. O procedimento de descarregamento e transporte até os depósitos da empresa, em Alhandra, deve seguir até a próxima sexta-feira (29). “O coque funciona como combustível na indústria cimenteira, é um item muito importante e é consumido em grande volume. Por isso temos que trazê-lo com antecedência”, afirmou Degmar Diniz, gerente industrial da Elizabeth Cimentos.
A fábrica da Elizabeth produzirá 1,1 mil toneladas de cimento por ano. Segundo Degmar, a produção deve atender a demanda de estados do Norte e Nordeste, principalmente Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas.
A Elizabeth é uma das quatro fábricas de cimento que estão se instalando na Paraíba. O estado também vai receber as operações da Votorantim (Caaporã), Brennand (Pitimbu) e Cimpor (implantação da segunda unidade, no Conde). Além disso, a Lafarge está ampliando a sua fábrica em Caaporã.
Quando todas as fábricas estiverem em pleno funcionamento, a Paraíba conseguirá quadruplicar a sua produção de cimento, alcançando 10 milhões de toneladas por ano e o posto de segundo maior produtor do Brasil. A expectativa é que o novo polo cimenteiro gere 6 mil novos empregos diretos e indiretos.
A presidente da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep), Tatiana Domiciano, destacou que o polo cimenteiro vai impulsionar a economia da Zona da Mata Sul e movimentar toda a cadeia produtiva do cimento. “A região vive um momento de pleno desenvolvimento econômico e a chegada das indústrias é prova disso. O Estado tem procurado incentivar a atração das empresas e garantir a infraestrutura necessária para a região continuar crescendo”, avaliou Tatiana, destacando a construção do Parque Industrial de Caaporã, que teve as obras iniciadas em maio. Resultado de um investimento de R$ 39 milhões, o equipamento abrigará indústrias dos setores cimenteiro, vidreiro e metal-mecânico, incluindo as sistemistas da Fiat.