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Dólar salta e fecha próximo de R$ 6,20 com pacote de gastos no radar; bolsa cai

Na máxima, a divisa do dólar chegou a bater R$ 6,201, enquanto a mínima foi de R$ 6,080.

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Foto: Pixabay/Ilustrativa

O dólar voltou a acelerar ganhos nesta segunda-feira (23) e fechou próximo de R$ 6,20 com a permanência do temor com as contas públicas no radar dos investidores.

A sessão também marca um início de semana com agenda esvaziada e mercado fechado na terça (24) e quarta-feira (25) pelo recesso de Natal.

A divisa encerrou a sessão com salto de 1,88%, negociado a R$ 6,185 na venda. Na máxima, a divisa chegou a bater R$ 6,201, enquanto a mínima foi de R$ 6,080.

Na sexta (20), a divisa havia recuado quase 1%, a R$ 6,071.

O clima negativo também penaliza o Ibovespa, que por volta das 17h perdia cerca de 0,75%, aos 121,2 mil pontos. Nos mercados globais, Wall Street opera sem direção única, mesmo comportamento registrado no fechamento das praças na Europa.

Agentes financeiros seguem preocupados sobre a dinâmica das contas públicas e fazendo contas sobre a potencial economia fiscal após a aprovação do pacote de cortes de gastos no Congresso Nacional.

Na semana passada, o Congresso aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e os dois projetos de lei do pacote fiscal, mas fez ajustes nos textos.

O Ministério da Fazenda estima que a desidratação do pacote de corte de gastos terá um impacto de R$ 2,1 bilhões até 2026. A previsão inicial era de que as medidas fiscais teriam capacidade de economizar R$ 71,9 bilhões em dois anos.

De acordo com a nova estimativa divulgada pela equipe econômica, o pacote fiscal terá capacidade de economizar R$ 69,8 bilhões até 2026.

Na sexta-feira (20), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia informado que as mudanças aprovadas pelo Congresso Nacional no pacote teriam um impacto fiscal de R$ 1 bilhão até o fim do ano do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Focus mostra piora das expectativas

Mais cedo, o boletim Focus, pesquisa semanal do BC com avaliação do mercado para os principais índices econômicos, mostrou piora das expectativas para inflação e juros nos próximos anos.

A previsão do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2025 foi a 4,84%, ante 4,60% na semana passada, enquanto para 2026 se manteve estável em 4%.

O BC persegue meta de 3%, com margem de 1,5 ponto para cima (4,5%) ou para baixo (1,5%).

Já as expectativas de Selic passaram para 14,75% no ano que vem, pico do atual ciclo de alta, ante 14% na edição da semana passada.

Cenário global

No exterior, investidores ainda digerem a mais recente série de reuniões de bancos centrais.

Na semana passada o Federal Reserve (Fed) surpreendeu os mercados ao projetar um ritmo moderado de cortes na taxa de juros, fazendo com que os rendimentos do Tesouro dos EUA e o dólar subissem.

Por CNN Brasil

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