A Reforma Tributária foi aprovada na Câmara dos Deputados, nessa quarta-feira (10), e agora vai para a análise do Senado. O professor Nelson Rosas, doutor em Economia que já integrou a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), comentou sobre as medidas da Reforma em entrevista ao programa Arapuan Verdade desta quinta-feira (11).
A proposta aprovada com 336 votos a favor, 142 contrários e duas abstenções inclui um teto de 26,5% na alíquota.
Questionado sobre quando a população vai sentir no bolso que os preços dos alimentos da cesta básica diminuíram após a Reforma Tributária, o professor doutor Nelson Rosas explicou que “esse é um processo burocrático um pouco complicado.”
“Tem que ser aprovado pela Câmara e pelo Senado e, depois de tudo aprovado, vai para a sanção do presidente para entrar em vigor. Mas pode não entrar em vigor imediatamente. Uma Reforma Tributária é complexa porque mexe com dezenas de leis e normas e de esquemas de recolhimento de impostos. O atual sistema tributário do Brasil é um caos”, relatou o professor ao Arapuan Verdade, como acompanhou o ClickPB.
O especialista acrescenta que a simplificação trazida pela Reforma Tributária vai estimular a produção e melhorar a vida do cidadão. “Hoje em dia, uma empresa tem que ter um especialista dedicado só a isso: analisar os tributos, quanto tem que recolher e o que muda. É um inferno. A simplificação que vai acontecer já é uma coisa milagrosa, um estímulo à vida das pessoas e à própria produção. As organizações, o comércio… Tudo fica simplificado.”
O professor cita que foi aprovada a regra geral da Reforma Tributária e agora serão definidos os detalhes. “Uma vez aprovada a Reforma no geral agora entram nos detalhes: quem cobra, quem não cobra e as taxas quais serão”, disse ele.
A Reforma Tributária inclui uma proposta de ‘cashback’ (devolução de dinheiro) de imposto a famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico).
O professor Nelson Rosas alerta que o desconto de impostos em um produto será compensado em outros itens, mas que a proposta é educativa porque retira impostos de itens essenciais e podem transferir essa cobrança de valores para outros produtos mais supérfluos como cigarro e bebidas alcoólicas.
O doutor em Economia destacou que o sistema tributário brasileira “é caótico. Pode ser que exista coisa parecida, mas a gente é campeão em matéria de desorganização tributária.”
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