Cultura

UFPB realiza XVII Festival do Japão na Paraíba, de 17 a 19 de junho

Evento vai reunir exposições, oficinas, workshops, mesas redondas, brincadeiras e apresentações artísticas da cultura japonesa e nipo-brasileira.

UFPB realiza XVII Festival do Japão na Paraíba, de 17 a 19 de junho

Organizado pela Prof. Alice Lumi Satomi, coordenadora do Labeet, e Takako Watanabe, presidente da ACBJ-PB, o evento recebeu, em 2022, o tema “Reintegrando ao meio ambiente”. — Foto:Reprodução

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por meio do Laboratório de Estudos Etnomusicológicos (Labeet) do Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA), em parceria com a Aliança Cultural Brasil-Japão na Paraíba (ACBJ-PB), realizará, de 17 a 19 de junho, o XVII Festival do Japão na Paraíba. O evento é aberto à comunidade e vai acontecer na Usina Cultural Energisa.

Organizado pela Prof. Alice Lumi Satomi, coordenadora do Labeet, e Takako Watanabe, presidente da ACBJ-PB, o evento recebeu, em 2022, o tema “Reintegrando ao meio ambiente”. 

Nesta edição, a novidade é a oficina do tambor taiko, ministrado pelo grupo Tatakinandaiko, e a oficina de orinuno (dobradura em tecido), que será ministrada por Thaís Kato.

Serão ofertadas oficinas de japonês, artes marciais (iaidô, kendô e karatê), desenho mangá, dobradura origami, arranjo de flores ikebana, a arte do embrulho com lenço furoshiki e, para as crianças menores, a oficina “Divertimusicalizando”. As brincadeiras incluem jogos juvenis que vão de games de quiz, karaokê com J-pop e K-pop até concurso de cosplay. 

Para participar, os interessados devem acessar a plataforma Sympla, em que constam detalhes sobre os prazos das inscrições. Os ingressos custam R$ 25 (normal) e R$ 12,50 (meia-entrada) para cada dia de festival. O valor de inscrição para o concurso de cosplay é R$ 20. Já a inscrição para o curso de Ikebana custa R$ 50. As camisetas do evento serão vendidas, até o dia 17, por R$ 50.

Há 17 anos, o Festival do Japão reúne exposições, oficinas, workshops, mesas redondas, filmes anime, brincadeiras e apresentações artísticas da cultura japonesa e nipo-brasileira, relacionando, sempre que possível, com a cultura local. O evento tem o apoio do Consulado Geral do Japão no Recife, do Instituto Felipe Kumamoto e da Associação dos Docentes da UFPB (ADUFPB).

Para a Profa. Alice Lumi Satomi, que coordena a ação, o Festival é resultado dos estudos translocais do Labeet aliados aos interesses da ACBJ-PB e dos espectadores entusiastas da cultura nipônica. O XVII Festival do Japão PB celebra o 114º aniversário da imigração japonesa no Brasil, cujo marco é a chegada do Kasato Maru, em 18 de junho de 1908.

“Queremos trazer os saberes da cultura japonesa, do entrelugar Brasil-Japão e das pertinências com a realidade local. Diante da aparente distância, é propiciada a apreciação não somente da cultura extremo-oriental, mas também da nossa própria, inserida no contexto latino-americano”, afirmou a docente.

A programação conta com duas mesas redondas. A primeira reunirá o Cônsul Geral do Japão de Recife, Hiroaki Sano, o físico Bruno Meyer, da Companhia de Eletricidade de Paris e Ítalo Kumamoto, fundador do Hospital Memorial São Francisco. 

Já a segunda mesa será composta pelo educador Ivaldo Gomes, presidente do Coletivo do Meio Ambiente, o engenheiro ambiental Allan Yu Iwama, do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema) e o músico Victor Kanashiro, pesquisador da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Na música, Victoru Kinjo e Eduardo Colombo participarão com trechos dos shows “De repente, em algum lugar” e “Terráqueos”. Outra presença musical é Utahito Kitahara, grã-mestra de koto do estilo Seiha. Ela representará o estilo Hôgaku, música tradicional japonesa. 

A Prof. Alice explicou que o estranhamento é uma reação comum quando somos expostos a uma cultura diferente. De acordo com a professora, na medida em que travamos contato e conhecemos mais de perto outras culturas, podemos ampliar a percepção e a aceitação do outro, diminuindo as discriminações e intolerâncias. “Nós buscamos contribuir com atitudes, posturas e reflexões propositivas por meio das atividades de nossa programação”, pontuou.

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