Os ventos que acompanharam a chuva em cidades do interior de São Paulo chegaram ontem a 175 km/h. A ventania provocou queda de energia elétrica em Campinas, Americana, Piracicaba e Santa Bárbara D’Oeste e deixou celulares com problemas em Rio Claro, Monte Azul e Campinas. Na capital paulista, o acumulado de chuva registrada até a manhã de ontem foi de 559 mm, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Até então, o mês mais chuvoso havia sido janeiro de 1947, quando o índice foi de 481 mm – os registros começaram a ser feitos em 1943.
Em Piracicaba, o vento chegou a 175 km/h, derrubando árvores e destelhando casas. A estrutura de um posto de combustáveis desabou e 300 crianças tiveram as aulas suspensas. Em uma loja de piscinas, uma delas, com oito metros de comprimento, foi jogada contra a rede de alta tensão. O dono da loja, Ezo Moreira, teve ferimento leve ao tentar segurar a piscina.
O meteorologista do Centro de Estudo e Pesquisa em Agricultura (Cepagri), da Unicamp, Hilton Silveira Pinto, informou à EPTV que em Americana os ventos podem ter ultrapassado 200 km por hora, pois postes de concreto chegaram a quebrar.
Santa Bárbara D`Oeste foi uma das mais atingidas pela falta de energia elétrica, que atingiu 70% da cidade. Seis famílias ficaram desabrigadas. Outras cinco pessoas, moradores da Vila Ypê, tiveram ferimentos leves devido a destelhamentos. Em Pedreira, mãe e filha morreram ao serem atingidas pela queda de um muro de três metros de altura. A perícia da Polícia Civil esteve no local para determinar as condições em que se encontrava o muro.
Em Campinas, teve queda de energia em pontos no Centro e, principalmente, na Vila Boa Vista. Em Cosmópolis, duas crianças foram arrastadas pela enxurrada após vazamento em uma represa da estação de captação de água.
Redação Terra
