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UNE quer reunir 4 mil estudantes em congresso em Campinas

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Mais de quatro mil representantes de diretórios e centros acadêmicos de instituições de ensino de todo o país são esperados para o 11º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb), promovido pela União Nacional dos Estudantes (UNE).

O evento, que começa hoje e vai até o próximo dia 16 em Campinas (SP), terá participação de deputados federais, cientistas e do ministro dos Esportes, Orlando Silva.

Além das definições para o movimento estudantil, serão debatidos temas como reforma universitária, reforma política, integração da América Latina, políticas públicas para a juventude, preservação da Amazônia, democratização dos meios de comunicação e o papel dos movimentos sociais.

Segundo o presidente da UNE, Gustavo Petta, a entidade manterá sua posição sobre a reforma universitária.

“A tendência é a de mantermos a posição de disputar o conteúdo da reforma e defendê-la baseada na idéia do fortalecimento da universidade publica e do maior controle do ensino privado pelo Estado para garantir a manutenção e a qualidade de ensino”, disse, acrescentando que a UNE continuará defendendo a democracia interna das universidades e a existência de mecanismos para facilitar o acesso ao ensino superior.

Sobre a reforma política, Petta ressaltou que a entidade acredita ser essa a solução para o combate profundo da corrupção. “A corrupção não pode ser combatida só com punições aos corruptos, é preciso enfrentar a raiz do problema”, defendeu.

Na avaliação dele, o financiamento privado das campanhas eleitorais proporciona aos candidatos uma grande dependência dos empresários, o que faz com que os políticos defendam mais os interesses privados do que os públicos.

Petta disse ainda que a UNE debaterá com os participantes a idéia de que a entidade não defenda um candidato específico às eleições presidenciais e estaduais, e sim, que apresente um programa de mudanças baseado em um projeto nacional no qual estão previstos mais investimentos na educação.

No sábado, os estudantes querem fazer um ato político na Universidade de Campinas (Unicamp) para lançar a campanha Nossa Educação Não Está à Venda!, contrária à entrada do capital externo na educação brasileira.

“Na nossa visão, a educação precisa ser orientada e coordenada de acordo com os interesses do país. Não podemos deixar que corporações estrangeiras influenciem inclusive nos nossos currículos e formação, porque isso é uma afronta à soberania do país”, disse Petta.

[O Tempo]

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