Assisti esta semana a uma sessão de discussão pública sobre o Programa Na- cional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT). Este programa estará em discussão pública até ao próximo mês de Agosto.
Estive também presente, na semana anterior, num relevante seminário sobre turismo residencial, que para além das nacionais contou também com várias participações internacionais.
Talvez tenha sido dos poucos que estiveram presentes nestes dois momentos, que considero relevantes para a discussão que se encontra actualmente em curso no âmbito do turismo, a do turismo residencial.
O PNPOT tem o seu enquadramento numa solicitação de um governo que entretanto se alterou. É um trabalho de dois anos, profundo e extremamente sério. Intelectualmente desafiante. Foi participado por diversas entidades, recebeu contribuições de vários organismos públicos, privados e universidades.
Independentemente do conteúdo, das suas conclusões prévias e do carácter das recomendações, acho que a sua simples existência deve ser realçada pelo significado. Corresponde a um degrau da nossa caminhada para a tomada da nossa consciência colectiva. Sabermos de onde vimos, onde estamos e reflectirmos conjuntamente para onde deveremos ir ou pelo menos para onde não queremos ir é já, e só por si, um sinal de maturidade.
O sistematismo de um documento destes enquanto abordagem tem a virtude de arrumar as ideias sobre assuntos permanentemente e não completamente reflectidos.
Ora o turismo residencial enquanto conceito e reflexão do que quer ser e sobretudo do que não quer ser está, na minha opinião, um pouco mais atrasado. Para que esta reflexão se possa processar é extremamente oportuno o cruzamento destes dois universos. Recomendo e desafio mesmo e vivamente que os agentes do turismo participem na discussão pública de forma activa e interessada. É um sinal inequívoco do seu envolvimento e interesse.
Aliás, desafio também todos os portugueses que tenham meios e competências de análise para participarem exercendo os seus direitos de cidadania. É urgente, importante e, já agora, responsável.
Fonte: Diário de Noticias
Turismo residencial, ambiente e PNPOT
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