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São Luís sedia encontro de formação de conselhos escolares

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A cidade de São Luís, no Maranhão, organiza o Encontro Estadual de Formação e Capacitação dos Conselhos Escolares, entre terça-feira, 11, e quinta-feira, 13. O evento, que reunirá profissionais e entidades de educação, prevê a realização de várias palestras e oficinas e pretende desenvolver ações de fomento à implantação e ao fortalecimento de conselhos escolares nas escolas públicas de educação básica. Cabe a eles reforçar o projeto político-pedagógico da escola.

O encontro tem como principal objetivo contribuir para o debate e o aprofundamento do princípio constitucional da gestão democrática da educação, no que diz respeito à participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares. O público-alvo é formado por técnicos e dirigentes das secretarias estaduais e municipais de educação e representantes dos trabalhadores em educação que atuam nos sistemas de ensino.

Várias estratégias serão utilizadas para a capacitação de conselheiros, como cursos a distância para técnicos e dirigentes de educação, além de protocolos de cooperação entre as secretarias municipais, estaduais e o MEC para a realização de cursos. Serão realizadas videoconferências para sensibilizar os conselheiros escolares para a importância de sua atuação na garantia da gestão democrática da escola.

Experiência – A inclusão de alunos com problemas auditivos na escola Barão de Cerro Largo, no município de Rio Grande (RS), é exemplo de ação que deu certo. Antes da ajuda do conselho, os alunos portadores de necessidades especiais cursavam só até a terceira série do ensino fundamental. Graças à mobilização do conselho, a partir do convênio entre o estado e a prefeitura (responsável pela contratação de intérprete), as aulas foram ampliadas e, hoje, atendem crianças das 4ª, 5ª e 6ª séries. Com expectativa de serem estendidas a todo o ensino fundamental.

O conselheiro José Antônio Klaes Roig diz que as dificuldades no início foram falta da capacitação do professor de classe regular, burocracia para contratação do intérprete, receio de ouvintes em relação aos surdos e vice-versa. Além do receio dos pais. Passado o primeiro momento, ocorreu integração, amizade e ajuda mútua dos alunos. “Ouvintes tentam aprender a Linguagem Brasileira de Sinais e o surdo tenta ensinar gestos peculiares, como um sinal para cada ouvinte identificar seu nome em Libras”, conta.

Roig diz que o aluno surdo tinha medo da integração. Alguns eram contra a inclusão. Hoje, a relação é harmoniosa e amistosa entre alunos e professores, com auxílio do intérprete. “Todos convivem de forma integrada, e como os próprios surdos frisam: diferentes sim, deficientes não”, afirma. Ele explica, ainda, que a estratégia para superar o desafio teve o apoio do conselho escolar que incentivou e esclareceu a comunidade. “O conselho e a equipe diretiva foram fundamentais para tirar dúvidas e eliminar eventuais preconceitos”, conclui.

Fonte: MEC

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