Os alunos provenientes da rede pública de ensino que não têm condições de pagar uma universidade particular ainda têm oportunidade de ingressar em um curso superior. O Prouni, programa do governo federal que oferece bolsas de estudos em instituições particulares, começa a receber inscrições amanhã, exclusivamente pela internet.
O Prouni é um programa de isenção fiscal do Ministério da Educação que incentiva instituições privadas de ensino superior a concederem bolsas de estudo àqueles cuja renda familiar por pessoa não ultrapasse três salários mínimos.
Para pleitear o benefício, o candidato precisa ter cursado o ensino médio inteiro em escola pública, ou em escola particular com bolsa integral. Além disso, é preciso ter feito o Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio, e tirado a nota mínima de 45 pontos -dos 63 possíveis. Se o candidato for deficiente físico ou professor da rede pública que queira ingressar no curso de pedagogia, a renda familiar por pessoa não é considerada.
O MEC deve divulgar amanhã, pela internet, o número de bolsas disponíveis para o segundo semestre -devem ser em torno de 40 mil. No início do ano, 797.840 estudantes se inscreveram no programa, e 90.241 bolsas foram concedidas: 62.305 integrais e 27.936 parciais, distribuídas em 1.388 instituições de ensino.
O processo para selecionar os bolsistas começa pela nota do Enem. Ao fazer sua inscrição, o candidato escolhe até cinco opções de curso, em instituições diferentes ou na mesma. O estudante é pré-selecionado para sua opção de maior prioridade, onde ainda existam vagas disponíveis. Assim, o candidato que tiver obtido o melhor resultado no Enem é o primeiro a ser beneficiado em sua primeira opção, e assim por diante.
Único bolsista do Prouni em uma turma do segundo ano do curso de direito da PUC-SP, Renato Costa Mendes, 18, é conhecido pelos colegas como “Prouni” ou, para abreviar, “Pró”. “Ninguém sabia meu nome. A única coisa que sabiam é que eu era o aluno bonificado com o Prouni, o que não pagava mensalidade [de R$ 1.085,11], mas nunca levei para o lado negativo.” No primeiro ano, ele chegou a ter sua capacidade questionada. Como não prestou o mesmo vestibular que os outros, colegas chegaram a dizer que ele não conseguiria acompanhar o curso. Segundo ele, o bolsista do Prouni não tem mais dificuldade do que um aluno que veio de escola particular. “Eu passei e renovei minha bolsa. Percebo que outros bolsistas também não tiveram problema com nota. Todo mundo acompanha numa boa.”
Auxílio extra
O MEC criou neste ano a Bolsa Permanência. Trata-se de um benefício no valor de R$ 300 mensais concedido a estudantes com bolsa integral do Prouni, matriculados em cursos com no mínimo seis semestres de duração e cuja carga horária seja, no mínimo, seis horas diárias de aula. [Folha de S. Paulo]
Prouni é chance de ingressar em faculdade paga
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