Em um ano de existência, o ProUni, programa que permite aos estudantes brasileiros de baixa renda o ingresso no Ensino Superior, ofereceu 112 mil bolsas integrais e parciais em 1.142 Instituições de Ensino Superior (IES) de todo o país.
“Se não fosse o ProUni, não há dúvida de que muitos dos alunos que hoje estão na universidade não teriam a chance de freqüentá-la”, aponta o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). De acordo com o economista Cláudio de Moura Castro, especialista em Educação, entre os pontos positivos da iniciativa está o custo reduzido: “Como um aluno nas instituições particulares custa um terço de um estudante nas federias, são três alunos que podem entrar com o mesmo montante de recursos, em vez de um”, explica.
Segundo o MEC, as bolsas foram oferecidas em troca de R$ 105,6 milhões em renúncia fiscal de tributos federais para as instituições participantes. O valor foi apurado pela Secretaria da Receita Federal como cerca da metade do originalmente previsto. Segundo a Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), o número de instituições participantes já aumentou para 1.232, o que corresponde a 80% das IES brasileiras.
Pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) nas principais capitais do Brasil revela que a Educação Superior é um dos principais anseios dos jovens entre 15 e 24 anos. No entanto, segundo o Ministério da Educação, apenas 10% dos jovens entre 18 e 24 anos estão na universidade atualmente. O último censo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) mostra, antes do ProUni, a existência de mais de meio milhão de vagas ociosas no conjunto das 1.610 IES privadas.
