Dedicar dois anos de estudo a um curso de graduação e não conseguir receber o diploma. É essa a situação enfrentada por quase 1,5 mil professores da rede pública de ensino do Interior do Estado que participaram do Programa Formação Docente em Nível Superior Magister pela Universidade Estadual do Ceará (Uece). O curso foi promovido por meio de uma parceria entre universidades, Governo do Estado e Prefeituras.
Cerca de dois mil docentes ainda não conseguiram receber o diploma do curso que já foi concluído há dois anos. Por esse motivo cerca de 40 representantes de vários municípios e do Sindicato dos Professores e Servidores da Educação do Ceará (Apeoc) estiveram reunidos numa manifestação em frente à reitoria da Uece, no Campus do Itaperi. Eles querem uma definição da Universidade sobre o certificado de conclusão do curso.
Os professores tiveram uma audiência com o vice-Reitor da Uece, professor João Nogueira Mota; e o pró-Reitor de Graduação, Fábio Castelo Branco, para saber quais as medidas a serem tomadas sobre o recebimento dos certificados. A decisão estebelece que, o prazo máximo para passar as notas é hoje e os certificados serão entregues até o fim de maio. Caso isso não aconteça, a Uece vai instituir uma comissão para atribuir as notas aos alunos do Magister.
Representantes dos professores foram recebidos pelo assessor do pró-Reitor de Extensão da Uece, Fernando Luz. Segundo o diretor do Sindicato, Fábio Lopes, o representante da Universidade disse que a situação será resolvida até junho próximo, mas não deu garantias disso aos docentes. De acordo com o sindicato, dos 1.937 alunos que colaram grau no curso Magister, apenas 620 receberam certificado. O restante, 1.317, espera o fim do próximo mês para ver este caso solucionado.
A Uece alega que não recebeu o pagamento das prefeituras e, portanto, não teve como pagar os professores do curso, que por isso não liberaram o caderno de notas.
Enquanto não conseguem o documento, os professores são prejudicados porque não podem pedir ascensão no Plano de Cargos e Carreiras, nem realizar concurso público para área de graduação. “Nós não podemos continuar sendo lesados por uma irresponsabilidade da Universidade”, reclama Lopes.
A luta dos professores vem desde novembro de 2004, quando concluíram o curso de graduação. Eles tentam, sem sucesso, obter o diploma. A primeira manifestação ocorreu em Quixadá, em março de 2005.
[Diário do Nordeste]
Professores cobram diplomas do Magister
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