A professora Zilma Ferreira Pinto lança na próxima quinta-feira, dia 20, às 17h, no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, em João Pessoa, o seu livro “ A Saga dos Cristãos- Novos na Paraíba”, resultado de uma longa pesquisa em torno da presença cristã-nova em terras paraibanas. A obra foi financiada pelo FIC Augusto dos Anjos e produzido pela Idéia Editora.
Segundo a professora Zilma Pinto, através da saga, um gênio literário que permite ao escritor combinar o fato documentado e a tradição oral, e até mesmo ficção, a contento da História, ela conseguiu adentrar no assunto da contribuição judaica em nossa formação, o que remete o Brasil à mais remota Antiguidade, tornando mais profunda e complexa nossa mistura de raças e costume. “ Não há nenhum absurdo em encontrar vestígios sumerianos e caldaicos por este sertões afora”, disse a autora.
E foi valendo-se da História, do folclore e registros genealógicos, que Zilma Pinto conseguiu fazer a montagem de “A Saga dos Cristãos- Novos na Paraíba,” onde o leitor poderá encontrar tipos como o do cristão-novo Diogo Nunes, primeiro empresário da Paraíba e o Brandônio, o dos diálogos das Grandezas do Brasil , que aqui se estabeleceu.
Também poderá ser encontrado no livro o registro de figuras femininas como: Tomásia Cardiga (uma heroína); Clara Henrique (a matriaca do Santo André); Guiomar Nunes (judaizante queimada viva) e a lendária Branca Dias. “ A incursão pelas origens cristão-novas significou para mim a busca da paraibanidade, da nordestinidade e da própria identidade nacional”.
O prefácio da “ A Saga dos Cristãos-Novos na Paraíba” foi escrito pela professora e historiadora Rosa Maria Godoy, onde ela destaca o significado histórico, memoralístico e afetivo que Zilma Ferreira Pinto imprime à sua obra, pois o conhecimento da diáspora e saga judaicas é indispensável ao entendimento de muitos processos históricos, em muitas partes do mundo
A Autora- Zilma Ferreira Pinto é o nome literário adotado pela professora Zilma Ferreira dos Santos, autora de “A Saga dos Cristãos-Novos na Paraíba. Zilma é natural de Campo de Santana, município localizado no Curimataú paraibano. É licenciada em História pela UFPB (1980)..Iniciou-se no Magistério como professora primária, lecionando por mais de trinta anos em escolas do interior e de João Pessoa. Após a aposentadoria, Zilma passou a dedicar-se à poesia e às pesquisas, dando seqüência a sua produção literária.
Começa com Cancioneiro Experimental (1987), contando, atualmente, com um total de dezenove títulos publicados. Sem contar as co-autorias e participações em Antologias e Revistas.Em seus trabalhos incluem-se os de gênero poético: a poesia, a trova e o cordel; e os de pesquisa, abrangendo a Genealogia, a Antropologia e a História. É de sua autoria o livro “ Nas pegadas de São Tomé” (1993), um estudo sobre a Itacoatiara do Ingá.
Participando de alguns concursos, teve premiados: “A história da Pedra Maliciosa “ (infanto-juvenil) e O romance de Ferdinando e Maria (cordel) – Prêmio Novos Autores Paraibanos, UFBP, anos 1997 e 1998. Concurso Internacional de Trova, 1996, União Brasileira de Trovadores (UBT), Campinas-SP, com o tema: “verde e amarelo”. Concurso Nacional de Poesia, 1999, Academia Friburguense de Letras (AFL), Nova Friburgo-RJ, com o romanceiro “Isabel nossa princesa”. Tema: Princesa Isabel. Citando-se, ainda, o “ABC do trovador” (2000), projeto aprovado e patrocinado pela FUNJOPE, Lei Municipal nº 7380 / 93
Quanto à produção poética alguns textos da professora Zilma foram musicados pelo compositor Pádua Belmont, destacando-se Barcarola (CD A Chegada, FUNJOPE, Lei 7380 / 93). E o poema Menina Branca, este com música do professor Maurício Gurgel, no gênero opereta.Foram adaptados para teatro: A história da Pedra Maliciosa (com apresentações em Pocinhos, PB e João Pessoa), Isabel nossa princesa (Nova Friburgo, RJ), Morte, amor, laço de fita (Tacima-PB), O romance de Ferdinando e Maria (Pocinhos, PB).
Zilma é membro da Academia Paraibana de Poesia (APP) e membro da Academia de Letras e Arte do Nordeste – PB (ALANP). É sócia da União Brasileira de Trovadores – PB, da Associação Paraibana de Imprensa-PB (API) e do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica (IPGH).
Fonte: Secom
