O ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu na última semana, durante o 18º Fórum Nacional, no Rio, o aumento dos gastos do Brasil com o setor educacional para 6% do produto interno bruto (PIB) por ano, como caminho para o País superar o atraso na área. Atualmente, o dispêndio não passa de 4,2%.
O ministro reconheceu que o total do investimento brasileiro em suas escolas e professores está perto da média de nações da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 4,5%. Mas afirmou que o País precisa gastar mais do que isso se quiser vencer seu subdesenvolvimento na educação. “Não vale comparar o investimento em educação do Brasil com o da Coréia (do Sul), a não ser com a Coréia dos anos 60. Não vale comparar o investimento do Brasil com o do Japão, a não ser com o Japão dos anos 50”.
Haddad afirmou que, se o Senado aprovar o Fundo Nacional de Educação Básica (Fundeb), cujo prazo de implantação é de três anos, o País atingirá 4,6% de investimento educacional. A expansão seria de R$ 10 bilhões, incluindo o Fundeb e programas como o de livros didáticos para o ensino médio, transporte escolar na zona rural, já em andamento, e Universidade Aberta do Brasil, de formação e reciclagem de professores, a ser implantado, ao custo de R$ 500 milhões.
O aumento é estabelecido na reforma do ensino superior, que começará a tramitar no Congresso nesta semana que começa. “No período de um mandato teremos avançado algo da ordem de 0,4% do PIB”, calculou Haddad. O ministro também se mostrou confiante na possibilidade de o Fundeb, já aprovado na Câmara, ser aprovado pelo Senado. Lembrou que o atual Fundef, que o Fundeb substituirá, tem prazo de vigência até o fim deste ano. O Fundef destina verbas apenas ao ensino fundamental, e o Fundeb incluirá a pré-escola e o ensino médio. [O Povo]
Ministro propõe 6% do PIB para a educação
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