Michael Jackson, interessado em reativar sua carreira de cantor depois de ser absolvido de acusações de abuso sexual infantil, formou parceria com uma gravadora do Barein para um novo álbum que seria lançado em 2007. O anúncio foi feito na terça-feira pelo selo.
Um comunicado divulgado em nome da Two Seas Records disse que o executivo da indústria musical britânica Guy Holmes foi nomeado executivo-chefe de uma joint venture recém-formada entre Jackson e Abdulla Hamad Al Khalifa, membro da família real do Barein.
Holmes, que pretende dividir seu tempo entre Londres e Barein, vai supervisionar a produção do primeiro álbum de estúdio de Michael Jackson desde “Invincible”, de 2001, e administrar os interesses comerciais do artista, disse o comunicado.
O cantor de 47 anos vive hoje no Barein, no Golfo Pérsico.
Guy Holmes é presidente do selo independente Gut Records, com sede em Londres.
A porta-voz de Michael Jackson nos EUA, Raymone Bain, disse não ter conhecimento de uma joint venture entre Jackson e Al Khalifa, mas falou que o astro já tinha escolhido a Two Seas anteriormente para lançar seu single em benefício das vítimas do furacão Katrina.
Há poucos dias o cantor anunciou que chegou a um acordo com seus credores para refinanciar cerca de 270 milhões de dólares em empréstimos, com a garantia de sua muito valorizada participação no catálogo de canções dos Beatles.
Parte do acordo prevê que a Sony, proprietária dos direitos de publicação de mais de 200 canções dos Beatles, em conjunto com Jackson, compre outros 25 por cento do catálogo, ou metade da participação de Jackson. O catálogo inteiro é avaliado em cerca de 1 bilhão de dólares.
O julgamento de Jackson por abuso sexual infantil no ano passado colocou sua situação financeira em destaque. A promotoria afirmou que o cantor fez empréstimos grandes para financiar anos de gastos extravagantes.
Em junho do ano passado ele foi absolvido pelo júri da acusação de ter molestado um adolescente em seu rancho Neverland Valley, na Califórnia.
Mas sua carreira artística foi gravemente prejudicada.
O destino do novo álbum será acompanhado de perto pela indústria gravadora, depois que “Invincible” teve vendas decepcionantes nos EUA — apenas cerca de 2 milhões de cópias.
Seu álbum “Thriller” ainda é um dos que tiveram maiores vendas de todos os tempos: 26 milhões de cópias nos EUA.
Reuters
