Cotidiano

Lost: até quando?

Já tem gente que não agüenta mais. E não é para menos. Duas temporadas e meia já se passaram e a aflição permanece.

Já tem gente que não agüenta mais. E não é para menos. Duas temporadas e meia já se passaram e a aflição permanece.

Poucos mistérios resolvidos, inúmeros enigmas por serem desvendados fora os novos, que não param de aparecer. Das duas, uma, ou os roteiristas de "Lost" têm uma solução genial para o fantástico e milionário quebra-cabeças que armaram ou estão, na verdade, nos enrolando legal, para que a gente canse e pare de assistir de velhice mesmo. Tipo estaremos numa rodinha, daqui a muitos anos, já de cabelos grisalhos, e alguém vai comentar: Você está acompanhando a 215º temporada de Lost? Viu que o neto da Kate se casou com um dos filhos dos portugueses?, e a outra pessoa vai responder: "Não, eu deixei de ver Lost nos anos 2020". Vai ser uma coisa tipo "Dallas", lembra? O seriado norte-americano que ficou em cartaz de 1978… até 1991!! E depois de um tempo ninguém mais sabia direito qual era a trama principal. A diferença é que em "Dallas" as pessoas tinham uma vida mais normal, tomavam banho etc.

Será que tudo vai ficar assim mesmo, em aberto? E a ilha e seus segredos sobreviverão a nós? Ainda, será que estamos todos envolvidos numa experiência do tal Projeto Dharma? 

Bem, os geniais criadores da série soltaram apenas seis capítulos da nova temporada e deram um tempo. Só voltam em 2007. Seria o primeiro sinal de uma crise criativa? Sabe-se lá, também não vale rogar praga, afinal, os caras anunciaram mais três temporadas. Vai que eles acertam… Mas aí é caso de prêmio Nobel de engenharia de roteiros (categoria que terá de ser criada só para "Lost"), sério.

Enquanto isso, eu, que não sou maníaca (do tipo de freqüentar blogs e fóruns de discussão) e apenas acompanho fielmente a série resolvi dar uns palpites sobre o que, realmente, se passa naquela maldita ilha.

Vão abaixo algumas versões. Quem morre de medo de "spoilers", por favor não leia. Quem quiser apresentar as suas explicações, considere-se convidado. Prometo publicar, na semana que vem, as que achar mais bacanas (e as muito malucas também). 

– Já percebemos que os sobreviventes do avião não sabiam nada sobre a ilha quando chegaram, só que, talvez, os Outros tampouco entendam alguma coisa. A única diferença é que foram parar lá antes e, por estarem isolados há muito tempo, enlouqueceram (daí seu comportamento esquisito, daí a sociedade doida que criaram, os papéis que deram a cada um, a bizarra hierarquia de poder etc) 

O tal Projeto Dharma teria armado uma mega-operação científica na ilha, só que ela não deu certo, seus integrantes morreram e seus aparatos (escotilha, computadores, toca-discos, vídeos) ficaram abandonados;

– A experiência frustrada também seria responsável por deixar seqüelas radioativas, magnéticas etc; que explicariam os ursos polares, a fumaça preta e, principalmente, o fato de que, aparentemente, nenhuma embarcação consegue deixar a ilha. Neste caso, porém, os chefes do Dharma na "central", no continente, ainda não se deram conta do fracasso da operação, por isso continuam mandando toda aquela comida para a ilha;

– Os Outros seriam como os habitantes de "A Vila", o filme de M. Night Shyamalan, pessoas que não agüentaram o modo de vida da sociedade ocidental e se isolaram do mundo de propósito, adotando modelos arcaicos de relações;

– Locke é o personagem-chave. Entendeu tudo desde o começo, quando, depois da queda do avião, saiu andando normalmente (ele que embarcara sobre uma cadeira de rodas, pois estava paraplégico). A questão é: "Por que ele ainda não contou isso a ninguém?" 

A ilha só existiria na cabeça do Hurley, que tem problemas psiquiátricos e andou vendo gente que não existe (não?);

– A ilha só existiria na cabeça do Charlie que, viciado em heroína e deprimido com o fracasso de sua banda de rock na Inglaterra, teria passado a ter alucinações bem doidas;

– Libby, que fica pouco tempo na ilha, mas aparece em pelo menos dois flashbacks, seria a filha de um milionário que resolveu armar uma espécie de "reality show" para a filha, que também tem problemas psiquiátricos (afinal, ficou internada na mesma clínica que o Hurley, lembra?)

– Alguma rede de televisão teria derrubado o avião de propósito e colocado um monte de "pegadinhas" na ilha só para pirar os sobreviventes e elevar a audiência;

– Todos os sobreviventes, como vimos nos flashbacks, têm algo em seu passado que os persegue, parecem fugitivos. Será que teriam programado um suicídio coletivo? 

– Alguém no avião era um terrorista que tinha de derrubar o avião sobre algum alvo nos EUA mas, como vemos, sua operação é um flop total;

– Aliás, por que tanta gente sobreviveu? De que tamanho era essa bendita aeronave?

– A ilha se descolou da Terra, como num romance de Julio Verne, daí as alterações de tempo, espaço, temperatura etc;

– Estão todos mortos, e a ilha é o purgatório, sobre o qual estaríamos vendo uma espécie de documentário;

– Os portugueses que aparecem numa embarcação, no final da segunda temporada, são descendentes de Cabral, obcecados há várias gerações de que existe, sim, um outro caminho possível para as Índias;

– Rodrigo Santoro é o verdadeiro protagonista de "Lost", salvará a todos e explicará o mistério da série; em seguida, o Brasil será hexacampeão do Mundo, o próximo conclave escolherá um papa tupiniquim e tudo isso será narrado por um Galvão Bueno extasiado.

Eu, hein! Como diria o Desmond: "See you in the other life, brother"

Fonte: Folha Online

COMPARTILHE

Bombando em Cotidiano

1

Cotidiano

Confira o que abre e o que fecha no feriado de Proclamação da República na Paraíba

2

Cotidiano

Sancionado título de cidadão paraibano ao ministro José Afrânio Vilela, do STJ

3

Cotidiano

Ministério Público pede retirada de 33 estabelecimentos irregulares de áreas de restinga em Cabedelo

4

Cotidiano

Estiagem: prefeito de Campina Grande prepara renovação de decreto de emergência

5

Cotidiano

Acidente na BR-361 deixa dois mortos no Vale do Piancó