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Espiritismo reúne 200 jovens no Hotel Turismo

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om um ano e meio, Diana Costeira “batia em todos” e “contorcia-se”, em crises inexplicáveis. A família teve de se render às evidências a menina era diferente. Já a avó havia tido um percurso idêntico, atribuído a dons mediúnicos. O pai da bebé, oficial do Exército, céptico, teve de desistir de lutar contra a descrença no mundo dos espíritos. Ontem, era o homem que assistia, em Braga, ao Encontro Nacional de Jovens Espíritas, como seu representante máximo: presidente da Federação Espírita Portuguesa.

Mais de 20 anos depois da opção, o coronel Arnaldo Costeira não nega os dissabores que viveu. No exército português passou a ser olhado de canto por ter descoberto que a doutrina de Alan Kardec era a única forma de o ser humano encontrar a esperança de que necessita. “Se acreditarmos que a vida não acaba, vivemos com mais fé”, sublinha.

A filha, já adulta, vive ainda na pele a necessidade física de ajudar os outros. “Durante a faculdade, desliguei-me um bocado e fui- -me logo abaixo”, conta. Ambos consideram que o bom e o mau da vida os conduziu até ao espiritismo. E agradecem, fazendo por esquecer os tempos em que tiveram de o esconder para não serem “marginalizados”.

No Hotel Turismo reuniram-se, num encontro que termina hoje, cerca de 200 jovens que, de uma forma ou de outra, também se renderam a uma filosofia que não aceita a morte espiritual. Uma “doutrina de amor” que crê que alguns espíritos continuam entre nós.

Helena Queirós, por exemplo, diz-se uma pessoa “mais serena” desde que entrou para a Associação Luz no Caminho, de Braga. Licenciada em Línguas, a jovem de 23 anos sabe agora que “esta é uma existência entre muitas”. A chave da evolução, garante, não é atingir a perfeição mas “limar arestas”. “Quebra-se o dramatismo da morte”, salvaguarda, atrás de uns olhos verdes.

Para Sílvia Almeida, de Lisboa, a Fraternidade Espírita é a sua “casa” desde pequena. “O espiritismo dá- -nos respostas. No departamento infanto- juvenil (dos três aos 25 anos) aprendemos muito”, conta. “A nossa filosofia pressupõe uma autoterapia. Às vezes chegam até nós pessoas que se querem curar das depressões, por exemplo, sem terem de fazer nada para isso. Isso não é possível”, garante, “porque não há soluções miraculosas”.

Fonte: Jornal de Notícias

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