Cotidiano

Especialistas destacam qualidade dos livros didáticos

Equipes de várias universidades públicas participaram este ano da confecção do Guia do Livro Didático, que indica livros para escolas de 1ª a 4ª série do ensino

Equipes de várias universidades públicas participaram este ano da confecção do Guia do Livro Didático, que indica livros para escolas de 1ª a 4ª série do ensino fundamental adotarem no próximo ano letivo. Os professores fizeram a pré-análise das obras inscritas, a avaliação do conteúdo pedagógico e a seleção, obedecendo princípios e critérios estabelecidos no edital do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 2007.

De acordo com o edital, os livros didáticos não podem veicular preconceitos, estar desatualizados em relação aos avanços da teoria e prática pedagógicas, repetir padrões estereotipados ou conter informações erradas ou superadas pelo desenvolvimento de cada área do conhecimento.

Constam do Guia do Livro Didático, que acaba de ser impresso e enviado a 131 mil escolas públicas de 1ª a 4ª série, as resenhas dos livros e coleções aprovadas. Os sete volumes do guia podem ser acessados no sítio do FNDE. Os professores, com base na análise das resenhas dos títulos contidos no guia e nas sugestões para uso em sala de aula, escolherão as obras a serem utilizadas de acordo com a proposta pedagógica da escola. O controle de qualidade será feito pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) ou instituição contratada para esse fim.

“Foi uma experiência interessante participar da avaliação dos livros didáticos”, disse Marísia Santiago, da PUC/SP. Os livros, embora da mesma disciplina (geografia) e mesmos níveis, segundo Marísia, são diferenciados. Já Margarida Dias, professora de história da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), afirma que nem mesmo pesquisadores do ensino de história têm a dimensão do que é essa avaliação dos livros didáticos do MEC, tamanha a riqueza da experiência.

Análise – A equipe da qual Margarida fez parte analisou 31 coleções e 37 livros regionais de história. Ela considerou o conteúdo bom. “Eles são graficamente bem tratados, em termos de imagem e ilustração”, disse. Ela observa que as obras destinadas aos alunos de 1ª e 2ª série são inovadoras. Em vez de apresentar datas e personagens da história do Brasil, exibem conceitos mais amplos de presente, passado e futuro, ensinando aos alunos a pensar historicamente. “O desafio é pensar historicamente, perceber sua sociedade dentro de um contexto, de uma época”, garante.

Já os livros de 3ª a 4ª série de história do ensino fundamental são tradicionais. “Os autores e editores trabalham melhor os livros de história para crianças pequenas, mas, no geral, eles são bons e diferentes”, diz.

Antonio Galvão, 56 anos, professor de química da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), avalia que a produção dos livros didáticos teve melhora na história da educação, mas que ainda há uma visão tradicional nas obras de ciências. “Falta explorar o estudante enquanto pesquisador e investigador. Os livros carregam muito na visão de ciências como algo informativo, mas são graficamente bonitos e bem ilustrados”, acredita.

Entre os 95 livros e 145 coleções indicados pelo MEC, este ano, cada escola terá de optar por sete obras: um livro de alfabetização, um de geografia regional e um de história regional; e coleções de ciências, geografia, história, língua portuguesa e matemática, uma de cada área. Os sete volumes do Guia do Livro Didático foram elaborados pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), com o apoio de universidades públicas. As escolas têm até 30 de junho para fazer suas opções e enviar os formulários preenchidos ao MEC.

Fonte: MEC

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