Educação Sexual «indefinida»

A formação contínua de professores em Educação Sexual está sem financiamento. A intenção de integrar a temática nos currículos do meio escolar está suspensa. As escolas acusam o Ministério de inércia, os professores queixam-se de desorientação e os sindicatos falam em “indefinição”…
O Ministério da Educação (ME) já deu há muito «luz verde» à política de educação sexual nas escolas mas, até agora, o processo de inclusão está alegadamente parado e os fundos para a formação de docentes foram cortados. “Os professores estão preocupados e desorientados, sem saber o que fazer. Parece-me que é uma coisa para fazer de conta, o ministério fala, mas não actua”. Foi assim que Manuela Silva, dirigente do Sindicato dos Professores do Norte, confirmou ao JANEIRO o desnorte envolta do assunto. “Indefinição”, é a palavra escolhida pela sindicalista para caracterizar a situação, reforçando que, os objectivos traçados pelo ME para o ano lectivo 2005/2006, neste momento, “não estão a ser cumpridos” vaticinando, por isso, que “dificilmente se avance com a educação para a Saúde e para uma sexualidade responsável no próximo ano”, como apontou a tutela. Manuela Silva esclareceu que “foi dada às escolas autonomia para realizar os projectos no âmbito de integrar a matéria nos currículos e nomear um coordenador”, porém, para a sindicalista “isto não chega”, defendendo como “necessária a formação dos professores, mas este objectivo o Ministério não encara como prioritário”.

Fonte: 1° de Janeiro