Cotidiano

Diretor da Famerp diz agora que é contra a encampação

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O diretor-geral da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp), Humberto Liedtke, disse ontem que a comunidade acadêmica ficou “feliz” com as declarações do governador Cláudio Lembo (PFL), que se mostrou contrário à encampação da faculdade pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Em sua passagem por Rio Preto, Lembo disse que o desejo do governo hoje é que a Famerp continue autônoma e não seja anexada a nenhuma universidade. “As declarações dele deixaram a comunidade acadêmica muito feliz. É isso que nós queremos, continuar independentes, formando médicos mais baratos e dando atendimento ao Hospital de Base como estamos fazendo. Se a gente entrar para uma universidade, nosso orçamento vai diluir. Graças ao governador, um ex-reitor. Ele deixou a gente feliz e nos deu a oportunidade de continuar do jeito que estamos”, afirmou Liedtke.

O orçamento da Famerp hoje é de R$ 26 milhões ao ano. De acordo com os estudos elaborados pelo Conselho Universitário (CO) da Unesp, seriam necessários pelo menos R$ 45 milhões para que a universidade pudesse assumir a faculdade. O diretor-geral disse ainda que está trabalhando para que a Famerp fique com esse montante estimado, mas continue independente da Unesp. Liedtje afirmou que estava participando do processo por ser o único meio de conseguir recursos para a faculdade, já que a encampação era um desejo do governador Geraldo Alckmin (PSDB). “Nós não tínhamos dinheiro para sobreviver. Não tinha outro jeito de arrumar dinheiro a não ser indo para uma universidade. No momento em que ele (Alckmin) saiu e o Lembo entrou, tivemos condições políticas de dar continuidade ao que a comunidade acadêmica queria.”

O diretor-geral da Famerp afirmou ainda que já estava sabendo da posição do governador e que inicou as conversas para que o orçamento da Famerp seja aumentado para o valor recomendado pela Unesp. “Já deflagramos esse trabalho para que a gente fique com esse orçamento e continuemos independentes”, disse. De acordo com Liedtke, a diferença do orçamento é justificada. “Fomos massacrados esses anos todos. Perdemos 197 professores e técnicos e não pudemos contratar. Não autorizaram. Estávamos em extinção. Não tínhamos outro caminho”, afirmou.

Surpresa

Contrastando com a posição do diretor da Famerp, o diretor do Instituto de Biociências, Letras e Ciências (Ibilce) da Unesp de Rio Preto, Johnny Rizzieri, disse ontem que foi pego de surpresa com a posição do governador, Cláudio Lembo. “Conversei com o reitor Marcos Macari e todos ficaram surpresos. Tinha uma tratativa em andamento. Foi o governador que enviou o projeto à Assembléia Legislativa, teve a montagem da comissão de estudos, estava tudo encaminhado. Não sei agora o que vai acontecer. Foi um banho de água fria”, disse Rizzieri. [Diário da Região]

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