O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) já iniciou a distribuição de 4,6 milhões de dicionários infantis nas 136.389 escolas públicas de ensino básico do país. Até o dia 15 de junho, todas as escolas terão recebido os exemplares.
Os dicionários estarão nas salas de aula para as atividades da classe. Em cada sala haverá um acervo com nove dicionários. São 18 obras, divididas em duas coleções — uma para estudantes da primeira e da segunda séries e outra para os de terceira e quarta. “Os professores terão melhores condições de trabalho e o aluno, estímulo para descobrir as riquezas da língua a partir dos verbetes”, disse o secretário de educação básica do Ministério da Educação, Francisco das Chagas Fernandes.
A diretora da Escola-Classe da 316 Norte, em Brasília, Luciana Ferraz, acredita que os dicionários facilitarão o aprendizado por usarem uma linguagem que facilita a interação das crianças com os assuntos. “A dinâmica dos dicionários, com ilustrações e temas atuais, permitirá às crianças apreciar a pesquisa dos verbetes. Vai tornar mais alegre a atividade de usar o dicionário”, afirmou. Luciana salienta que os dicionários tradicionais contêm palavras que não fazem parte do universo infantil.
A professora Geane Santos, da terceira série, diz que os novos dicionários, além de mais bonitos e adequados ao ensino infantil, trazem muitos exemplos de utilização das palavras. “Eles fazem representações adequadas do universo da criança”, observou. “São modelos que estimulam o gosto pelo conhecimento e melhoram a capacidade crítica dos alunos.”
Para a estudante Maria Eduarda Reis, oito anos, as vantagens dos novos dicionários são as ilustrações, que esclarecem o significado das coisas. Segundo ela, as letras maiores e as imagens ajudam a compreender melhor novas palavras. “Quando eu não sei uma palavra, pego o dicionário para saber o que ela quer dizer. Os desenhos e as palavras explicam melhor o que eu preciso entender”, disse.
Os 18 dicionários estão classificados em três tipos. O primeiro, destina-se à fase inicial de alfabetização, para alunos de seis a oito anos. O segundo, para estudantes da segunda e da terceira séries em processo de desenvolvimento da língua escrita. O terceiro caracteriza-se como um dicionário-padrão, adequado para a terceira e a quarta séries.