DCE/UFPB: “Movimento estudantil chegou na era do denuncismo criminoso”

“Estou estarrecido, o nosso movimento que deveria dar exemplo à política praticada atualmente, se envenenou por ela e entrou na fase do denuncismo criminoso”. Foi este o desabafo do presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal da Paraíba no final da manhã desta quinta-feira (30).

Depois de ter sido acusado do desvio de R$ 6 mil, referente ao repasse da venda de carteiras de estudantes aos Centro e Diretórios Acadêmicos (CA’s e DA’s) no último dia 25, Vinícius Ximenes disse que vai apresentar à imprensa até a tarde de sexta-feira (30), a planilha que comprova os repasses já realizados, cerca de R$ 2,5 mil e justifica os não realizados, valor inferior a R$1 mil, correspondente aos CA’s de Arquitetura, Física, Matemática e Música. “No período de pagamento em junho de 2005, eles estavam desativados.”

Para decidir sobre o pagamento agora, nove meses depois, Venícius disse que o DCE vai se reunir com o COEB, Conselho de Entidade Base. “Se o Conselho der a autorização, o pagamento será efetivado imediatamente.” Perguntado sobre o restante do valor, que totalizam os R$ 6 mil, o presidente do DCE, explicou que é referente ao repasse da União nacional dos Estudantes (UNE). “Mas já recebemos o representante do órgão que recebeu um prazo de 90 dias para regularizar esta situação.”

Tão logo terminada a prestação de contas, Vinícius Ximenes antecipou que vai acionar os órgãos judiciais para evitar “que continuem denegrindo a imagem de um órgão que prima por defender o direito estudantil e não lesar os Centro e Departamentos Acadêmicos que representam os estudantes.” Ele justificou a denúncia pela proximidade das eleições para o DCE nos dias 24 e 25 de maio deste ano. “Isso tudo é lastimável”, lamentou.


Lívia Falcão
ClickPB