Férias escolares, cidade vazia e uma certa ressaca de Réveillon ainda no ar não parecem ser "desculpas" suficientes para convencer os produtores teatrais a adiar a estréia da temporada. A partir deste final de semana as cortinas voltam a se levantar.
Depois do peculiar recesso de fim de ano – quando praticamente todos os teatros fecham as portas – as montagem voltam a cartaz. Está aberta a nova temporada cênica de 2007.
Estão em cartaz, até o dia 28 deste mês, no Teatro Santa Roza, os espetáculos "As Fãs de Roberto Carlos" e a nova montagem da Companhia Paraibana de Comédia, o "Pastoril Profano – Um Verão Canibal", do diretor e ator Edílson Alves. "As Fãs de Roberto Carlos", que estreou nesta quarta-feira (3), será apresentado às quartas e quintas-feiras, às 20h. J
á o "Pastoril Profano" será apresentado às sextas-feiras (às 20h), aos sábados e aos domingos (às 19h30 e 21h). Os ingressos individuais para cada um dos dois espetáculos estão sendo vendidos ao preço de R$ 16 (inteira) e R$ 8 (estudante).
"As Fãs de Roberto Carlos" conta à estória de duas irmãs solteironas, professoras da rede municipal de ensino de uma pequena cidade do interior, pobres, humildes e assalariadas. Um dia, por um erro no sistema da folha municipal, acrescentaram dois zeros em seus salários. Assim, cada uma recebeu um espantoso salário de 20 mil reais.
Elas entenderam que aquele dinheiro não lhes pertencia, procuraram o prefeito e devolveram a enorme diferença, o gesto das solteironas transforma-se em símbolo nacional. O fato é relatado num programa popular de televisão cuja apresentadora se chama Lady Laura.
A produção do programa telefona, ao vivo, para a casa das duas irmãs em questão. O fato de terem devolvido o dinheiro, que pertencia aos cofres públicos, é motivo de repercussão nacional, e Lady Laura quer oferecer um prêmio para elas, realizar-lhes um sonho. As irmãs respondem, ao vivo, dizendo que o seu grande sonho é ver o cantor Roberto Carlos.
Enquanto isso, em vidas paralelas, outras duas mulheres, vizinhas das duas irmãs, fazem de tudo para atrapalhar o encontro delas com o "rei". Morrem de inveja das duas irmãs solteironas desde a época de sua juventude.
Canibalismo na Baía da Traição
A exemplo dos outros anos, a Companhia Paraibana de Comédias oferece para o público paraibano e turistas um espetáculo de pura comédia no mês de janeiro, como foram os casos do "Pastoril Profano em Cabedelo" e do "Pastoril Profano em Tambaba". Agora é a vez do "Pastoril Profano na Baia da Traição". Como forma de divulgar o turismo paraibano e as belezas naturais do litoral, as pastoras do espetáculo resolvem ir à praia da Baia da Traição e terminam visitando a Reserva do Peixe-Boi Marinho sem saber e por engano elas resolvem mexer com o que está quieto é quando são atacadas por índios canibais.
O espetáculo arranca risadas dos espectadores durante seus 80 minutos de duração. Nesta versão, faz uma homenagem ao ator, autor e diretor Geraldo Jorge, fundador do Pastoril Profano na década de 90. A comédia de humor, conta a versão profana da Lapinha e completa 15 anos de existência, continuando fazendo sucesso na Paraíba. O espetáculo conta no primeiro ato a ida das pastoras a praia da Baia da Traição, no segundo ato com o resgate das jornadas (titulo chamado nas músicas entoadas no espetáculo) .
Com características de teatro de revista tendo como alvo o Pastoril, um folguedo popular que contradiz a Lapinha", os atores aparecem em cena caracterizados de mulher e representam prostitutas onde denunciam os problemas sócio-culturais do pais e cantando e dançando músicas com o intuito de homenagear, divulgar e resgatar o folclore e o turismo paraibano.O espetáculo é puramente interativo. As pastoras do cordão azul e as do cordão encarnado vivem travando uma eterna batalha entre si, sempre controladas pelo velho dengoso. Claro que de uma forma bem humorada, crítica e saudável. Enquanto na Lapinha, as moças (pastoras) disputam votos, aplausos e até dinheiro do público, comenta o diretor Edilson Alves.
Elenco – cordão encarnado: Verônica Show (Dinarte Silva), Luzinete (Sergio Lucena), Alessandro Tchê (Ceicinha) e Ritinha da Rabada (Sebastião Gomes).
Elenco – cordão azul: Biuzinha (Adleiton Pereira), Maria do Bu (Tony Silva), Creusa Mulher (Ribamar de Sousa) e Carmem Beira Mar (Alessandro Barros).
Técnica: Nelson Alexandre (Cenário, adereços e Figurinos ) Geostenes Melo (Figurinos e Adereços) Altair Castro (Fotografias) Maquiagem (Grupo) Músicas (Genário Dunnas) participação dos músical Lourenço Mola e Milton Lima os 02 do norte.
Convidados especiais: Dight (Romil son Rodrigues) e Light ( Romildo Rodrigues) que serão as siamesas Diana do pastoril.
Produção de divulgação: Giovanna Gondim e Antonio hino, cenários e figurinos Nelson Alexandre e Geostynes Melo, Contra-regragem Jamil Richene e Wagner Nascimento, realização Companhia Paraibana de Comédia.
Serviço
As Fãs de Roberto Carlos
Local: Teatro Santa Roza
Data: Quartas e quintas-feiras
Hora: 20h
Pastoril Profano – Um Verão Canibal
Local: Teatro Santa Roza
Data: Sextas (às 20h), sábados e domingos (19h30 e 21h)
Ingressos: R$ 16 (inteira) e R$ 8 (estudante)
Informações: 3218-4384/9109-2928/9981-6520 – 3214-4192 e 3262-3512
Redação