Tecnologia

Banda larga sem fio

A operadora de serviços de telecomunicações Brasil Telecom deve iniciar as operações de acesso à banda larga utilizando o novo padrão Wimax móvel, nas cidades d

A operadora de serviços de telecomunicações Brasil Telecom deve iniciar as operações de acesso à banda larga utilizando o novo padrão Wimax móvel, nas cidades de Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). 

A BrT já dispõe da licença necessária para a implantação dessa infra-estrutura, que permite a prestação de serviço com mobilidade restrita – a licença foi adquirida há três anos, pela VANT, em leilão da Anatel, e abrange não só as duas capitais, mas outras localidades dentro e fora da região onde opera.

“A nova rede irá complementar a atual rede de serviços de comunicação de dados existentes nessas cidades”, diz Dante Nardelli Júnior, diretor de Tecnologia e Planejamento Técnico da Brasil Telecom. “Os serviços incluem acesso banda larga à Internet (residencial e corporativo), conectividade de redes internas e demais serviços oferecidos pela internet, como videoconferência e multimídia”.

Novo Padrão

Com a definição do padrão móvel pelo Wimax Fórum, e o início iminente da certificação de equipamentos, a BrT considera ser este o momento oportuno para se fazer uso dessas licenças. “A tecnologia móvel deverá alcançar uma escala maior que a versão fixa, de acordo com a visão dos especialistas, o que se refletirá diretamente em menores custos pela escala”, diz Nardelli. “Além disso”, acrescenta, “o novo padrão representa uma perspectiva importante para a oferta de novos serviços, com os recursos previstos nesta modalidade (alta velocidade, gestão de qualidade de serviços, escalabilidade, segurança e mobilidade)”. Para o executivo, com o novo padrão, será possível atender de forma mais ampla o mercado de usuários de notebooks e PDAs, em crescimento no Brasil.

Dante Nardelli ressalta ainda que, para a Brasil Telecom, o Wimax é um recurso fundamental para o futuro da prestação de serviço de banda larga para seus clientes. Segundo ele, à medida que o serviço prestado hoje via ADSL se populariza e passa a ser demandado em grande volume e de forma concentrada, começam a ser atingidos limites físicos da solução de provimento via rede metálica, sendo o principal deles a densidade de ocupação dos cabos metálicos com ADSL. Outro ponto que deve ser observado diz respeito ao fato de a solução de provimento de banda larga via ADSL exigir alguns requisitos da rede externa (como qualidade e distância de enlace), o que não permite a sua oferta de forma universal.

“O investimento na evolução da rede em novos cabos metálicos mostra-se não apenas economicamente inadequado em médio prazo mas, desalinhado com a evolução do mercado, que deverá limitar a oferta de cabos metálicos, como acontece hoje com as centrais de comutação”, diz Nardelli. Para o diretor, as soluções de acesso que a tecnologia aponta para o futuro são baseadas em tecnologia wireless e de redes óticas. “A BrT já utiliza redes óticas no atendimento ao mercado corporativo e também considera o uso de redes óticas passivas (PON) no mercado residencial objeto de uma RFI já colocada pela companhia no mercado”. 

Fonte: Último Segundo

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