Cotidiano

2006, uma incógnita para o turismo

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O trade turístico de Foz do Iguaçu fechou o balanço de 2005 de forma positiva, foi um ano de muito trabalho e volume de clientes.

Apesar de amargar severas dificuldades com a defasagem do dólar, que representou sacrifício para as empresas e player’s que operam com mercado internacional, com uma defasagem de quase 30% em termos reais nas tarifas de face dos pacotes, ingressos e diárias, a significativa retomada do destino em termos de volume, de certa forma compensou e equilibrou as contas.

Depois de três anos de retomada, 2005 significou mais do que um ano promissor, deu o fôlego que o setor precisava para os investimentos em reformas e ampliações.

Alguns dados e fatos deste ano de 2005, que se esperam poder administrar melhor em 2006: Em primeiro lugar a concentração de clientes em períodos e datas específicas, colocando alguns equipamentos, tais como o aeroporto a ponto de colapso, apesar de que isto deveu-se mais a má distribuição de horários dos vôos e pela incompreensível política de esquecimento com que a Infraero brinda uma unidade situada em um dos principais ícones do turismo do Brasil.

Em segundo lugar, a grande dificuldade em recompor tarifas, repassando os aumentos ocorridos nos insumos, principalmente nas diárias dos hotéis, quando comercializadas no atacado, junto às grandes operadoras.

Em terceiro e não menos importante, a administração das notícias e das ações das esferas federais em Foz do Iguaçu, com ênfase ao trabalho da Receita Federal, que ao ampliar e reformular a aduana de acesso ao Paraguai, será seguramente um contraponto positivo e a inauguração de uma nova época para o fluxo de turistas que vistam Foz e também se dirigem a pais vizinho.

E para finalizar, os novos atrativos, com a reformulação do marco das Três Fronteiras, a entrada em operação do Complexo Turístico de Itaipu e a reformulação da infra-estrutura urbana da cidade. Este conjunto de melhorias promete trazer realmente um novo cenário para os vistantes, com qualidade, segurança e inovação.

Por tudo isto, fica a pergunta se em um ano eleitoral, teremos estabilidade econômica e tranqüilidade suficiente para manter o nível de visitantes brasileiros, que surpreendeu em 2005, e foi o marco histórico de melhoria em relação aos anos anteriores. Este cliente, que vem prioritariamente de um raio de alcance de 700 quilômetros de nossa cidade, está intimamente ligado às condições da economia que mais sofrem alterações em anos políticos, pois vem dos grandes centros do sul e sudeste. Por ser um ano eleitoral, onde a eleição presidencial irá seguramente mexer com o país, fica 2006 como uma incógnita para o turismo na região das três fronteiras.

Se a economia se mantiver estável, com uma retomada da boa performance do agronegócio, seguramente teremos mais um ano de sucesso. Porém, se a tensão em volta do momento eleitoral reduzir a confiança das pessoas e, se os cenários de futuro ficarem incertos, seguramente nosso setor e especificamente nosso nicho de mercado de clientes será o primeiro a ser afetado, com sérios prejuízos e retração.

Fonte: Mercado e Eventos

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