O Enem dos concursos é amanhã. Desde que foi remarcado para este domingo (18), o Concurso Público Nacional Unificado (CNU) teve o seu o esquema de segurança mantido e até aprimorado.
Detectores de pontos eletrônicos, exames grafológicos, coleta de digitais e monitoramento feito pelas mesmas centrais de inteligência usadas na Copa do Mundo e Olimpíadas são algumas das medidas que fazem parte do megaesquema para coibir fraudes no Enem dos concursos.
As provas serão aplicadas pela manhã e também no período da tarde, em 228 cidades. Mais de 2 milhões de pessoas devem participar do exame também conhecido como “Enem dos concursos”: um recorde para concursos públicos.
Pela primeira vez, uma única seleção, como o Enem, reúne mais de 6 mil vagas para 21 órgãos federais, com exames aplicados em todo o Brasil. E o desafio da segurança para um evento tão grande, envolve, prioritariamente, impedir fraudes.
“Nosso objetivo é impedir qualquer coisa que possa gerar o cancelamento do concurso. A gente sabe que uma situação de fraude é grave”, afirma Alexandre Retamal, coordenador-geral de logística do CNU.
O evento contará com uma força-tarefa formada por integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Eles serão coordenados pela Secretária Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça.
Cerca de 210 mil agentes estarão envolvidos, o que corresponde, em média, a 10% do total de inscritos no CNU.
O número inclui aplicadores, fiscais de prova, gestores e uma rede de servidores de órgãos de segurança, como agentes federais, corporações estaduais, como Polícia Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil.
“Fizemos um trabalho de adaptação e aprimoramento no formato do Enem e todos os exames de larga escala aplicados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira)”, completa Retamal.
Uma diferença em relação ao Exame Nacional do Ensino Médio é que os candidatos do concurso não poderão sair com o caderno de provas, apenas com duas folhas com anotações, uma para da turno de prova.
Exame grafológico e coleta de digitais
Diferente do exame para os estudantes do ensino médio, onde ocorre apenas a checagem dos documentos e o lacre de equipamentos eletrônicos, o concurso unificado terá a coleta de digitais e exigirá que os candidatos escrevam uma frase para garantir que não haja a substituição entre eles.
É o tal exame grafológico. Funciona assim: quando os estudantes receberem as provas nas salas de aplicação, irão preencher o cartão de resposta com seus dados, assinar e escrever a frase.
Nesse momento, um aplicador da prova circulará pela sala para coletar a digital, que também ficará registrada no próprio cartão de resposta.
Isso vai acontecer de manhã e à tarde.
Candidato não pode levar a prova
A decisão de que os candidatos não poderão levar as provas quando terminarem o teste foi tomada porque uma das principais fontes de fraudes das organizações criminosas nesse tipo de prova é o uso de pontos eletrônicos durante a aplicação.
Segundo o Ministério da Gestão e Inovação, “candidatos” pertencentes às quadrilhas terminam as provas mais cedo e levam os cadernos de provas.
As questões são resolvidas por integrantes do bando e enviadas por áudios, por meio de pontos eletrônicos, para quem ainda está nas salas respondendo às provas.
Como medida complementar, os locais de prova também contarão com detectores de metais e de ponto eletrônico.
Anotações
Os candidatos receberão duas folhas extras no momento do exame para anotar as respostas que colocaram na prova.
Esses são os únicos papéis que poderão ser levados para casa após as provas, para que o participante consiga conferir quantas questões acertou após a divulgação do gabarito.
A liberação das folhas foi divulgada em junho. Antes disso, o governo havia determinado que os candidatos não poderiam levar qualquer tipo de anotação. Caso contrário, poderiam ser eliminados.
G1