O secretário Waldson Souza mostrou, na manhã desta terça-feira, que saúde é o que menos interessa ao Governo do Estado. Deixou a Assembleia Legislativa sem dar uma palavra, sem responder a uma pergunta sequer sobre o processo de terceirização amparado por uma Medida Provisória que o governador Ricardo Coutinho (PSB) espera aprovar na base do “rolo compressor”, como fez com outras matérias.
Souza deixou os deputados de oposição “doentes” de raiva. Eles queriam encostá-lo na parede, mostrando fatos que fortalecem a ideia de ineficiência no serviço e dolo ao erário com a gestão do Hospital de Trauma pela Cruz Vermelha, objeto da MP.
Mais escandalosa que a falta de vontade do secretário em debater a situação da Saúde na Paraíba, foi a justificativa por ele usada para não participar da audiência pública, convocada para tal fim. Afinal, a mudança de local – do auditório João Eudes para o plenário – foi decidida pelo deputado governista Janduhy Carneiro (PPS), diante do grande número de pessoas dispostas a acompanhar a discussão.
Se o secretário não considera importante o assunto, não pode impedir quem pensa diferente de participar dos debates. Até porque, pelo menos para os que participaram da audiência pública, saúde é o que interessa. O resto não tem pressa.
Desrespeito
A ausência, ou melhor, a fuga do secretário Waldson Souza para não participar da audiência pública foi vista como um desrespeito aos deputados e aos demais presentes, a exemplo do procurador-chefe do Ministério do Trabalho na Paraíba, Eduardo Varandas.
Pegou mal.
Chilique e processo
A deputada Daniela Ribeiro (PP) era a mais revoltada com a ausência do secretário. Enquanto seu colega Luciano Cartaxo (PT) considerou a atitude como um “chilique”, Daniela classificou de crime de responsabilidade e pediu que a Assembleia Legislativa acione Waldson Souza na justiça.
O clima é pesado.
Cargos até 2012
O vereador Benilton Lucena deu gaitadas com a proposta de setores do PT para que o partido entregue os cargos que ocupa na administração do socialista Luciano Agra. Benilton lembrou que a discussão sobre candidaturas só será feita em 2012. Depois, que o PT ainda pode decidir pelo apoio a Agra. Por último, que qualquer entrega deve começar pelos cargos estaduais.
De besta, Benilton não tem nada.