Vanderlan Farias

Santiago “chora”, mas mandato é de Cássio

A decisão do STF, validando a Lei da Ficha Limpa a partir das eleições de 2012, deve ainda provocar muita […]

A decisão do STF, validando a Lei da Ficha Limpa a partir das eleições de 2012, deve ainda provocar muita polêmica. Até porque, a impugnação de candidatos não será automática. Dependerá de decisão da Justiça Eleitoral, após provocada pelas partes interessadas. Mas, tem muita gente gastando neurônios por conta. Achando que, com a decisão, mortos serão ressuscitados e tomarão as vagas dos que estão vivos. E bem vivos.

 

O caso do ex-senador Wilson Santiago é um exemplo. Seu advogado, pago a preço de ouro, sustenta a tese de que o senador Cássio Cunha Lima está prestes a perder o mandato, com base na lei da Ficha Limpa. Da mesma forma que assegurava que o ex-governador jamais assumiria o Senado, mesmo obtendo mais de um milhão de votos nas eleições de 2010. Pois bem, Cássio assumiu o mandato e deve permanecer onde está até dezembro de 2014, querendo ou não Santiago e seus conceituados juristas.

 

Que me perdoem os operadores do direito com pensamento divergente, mas, Cássio está ameaçado apenas de não poder disputar as eleições de 2012. Talvez até as de 2014, tema ainda polêmico. A decisão do STF em momento algum ameaça seu mandato em andamento. A própria tese de Miguel Saliba, advogado de Santiago, pode ser interpretada de maneira adversa. Ele alega que Cássio não pode exercer o mandato porque estaria inelegível quando disputou as eleições de 2010. Sendo assim, pode-se imaginar que Cássio, tanto era elegível, que disputou e venceu as eleições, sendo o mais votado entre os concorrentes, incluindo o próprio reclamante.

 

Não fosse assim, Cássio não teria sido diplomado e empossado pela Justiça Eleitoral, por ordem do Supremo Tribunal Federal, após esgotados todos os recursos interpostos por Santiago.

 

Portanto, não adianta chorar o leite derramado. O que restou do processo, foi a possibilidade de inelegibilidade futura, já que o STF decidiu pela validade da Ficha Limpa para as eleições de 2012. O resto é gastar dinheiro com advogado e enganar a si próprio, porque o eleitorado paraibano já conhece a real situação.

 

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Nabor pode pagar caro – O prefeito Nabor Wanderley (PMDB) pode pagar caro por problemas registrados em sua segunda gestão em Patos. Primeiro foi a questão das Oscips, onde o TCE o obrigou a devolver dinheiro público. Agora, o mesmo TCE manda suspender edital de licitação suspeita de vício. Ou os conselheiros estão de marcação ou tem alguma coisa cheirando a podre na administração patoense.

 

Nova postura – O governo Ricardo Coutinho surpreendeu a todos, convocando lideranças dos servidores públicos para dialogar, em pleno período carnavalesco. Na iminência de uma greve geral, prevista para março, parece que o Palácio da Redenção resolveu mudar de postura. O bloco de servidores estaduais, insatisfeitos com a política salarial de RC, pulou de alegria quando soube da notícia.

Guerra em Boqueirão – Clima de guerra na cidade de Boqueirão. Tudo porque o grupo do ex-deputado Carlos Dunga (PTB) decidiu lançar candidato a prefeito da cidade, contrariando expectativa do ex-deputado João Fernandes (PSDB) que tinha como certo o seu apoio. Do outro lado, o ex-prefeito João Paulo, que também lançou candidato, dá estrondosas gargalhadas observando as arengas dos adversários.

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