Vanderlan Farias

Ricardo Marcelo: nova idade e projeções para 2014

Conheci Ricardo Marcelo como industrial bem sucedido, sem pretensões políticas, entre 2001 e 2002, por intermédio do seu irmão, Tarcísio […]

Conheci Ricardo Marcelo como industrial bem sucedido, sem pretensões políticas, entre 2001 e 2002, por intermédio do seu irmão, Tarcísio Marcelo, na época deputado estadual. Ricardo foi apresentado a mim e a outros jornalistas como sucessor de Tarcísio, que desejava galgar outros horizontes na política paraibana.

Muito mais por imposição das circunstâncias do que por vontade própria, Ricardo disputou a eleição de 2002 e conquistou seu primeiro mandato de deputado estadual, obtendo pouco mais de 17 mil votos. De lá para cá, muita coisa mudou. Por isso, o pessoense radicado na cidade de Belém, no Brejo paraibano, tem muito mais o que comemorar neste domingo (06), além da nova idade.

Cercado de amigos e familiares, não pode reclamar da vida pessoal. Como empresário, contabiliza o crescimento contínuo do Grupo Iane, com sede no Distrito Industrial de João Pessoa, hoje administrado pela esposa, Crisneilde, e pelos filhos Ricardo e Felipe. Como político, então, nem se fala.

Em duas legislaturas, Marcelo saltou de deputado “pouco conhecido” para o posto de presidente da Assembléia Legislativa, sendo hoje um nome de referência em qualquer roda política do Estado.

Conseguiu impor seu tino empresarial, mantendo as contas do Legislativo equilibradas, sem comprometer o bom funcionamento da estrutura física da Casa de Epitácio Pessoa. Ao contrário de outros gestores, a eficiência administrativa não comprometeu seu desempenho político, muito menos sua relação com os colegas de plenário. Prova disso são os repetidos elogios que ele recebe das bancadas de situação e de oposição. Trânsito livre não lhe falta, em nenhuma das duas.

A situação privilegiada já permite que o nome do deputado seja citado em conjecturas políticas futuras. Pelo menos duas hipóteses são constantemente ventiladas: disputar uma vaga na Câmara Federal ou um cargo majoritário. Alheio às especulações, Ricardo mantém os pés no chão, acelera o ritmo administrativo e segue em busca de investimentos para a Assembléia Legislativa, como os canais abertos de rádio e televisão, já anunciados.

A quem lhe pergunta sobre projetos políticos futuros, ele tem a resposta na ponta da língua: “Sou candidato a dar continuidade ao trabalho que estamos fazendo para melhorar a Assembléia Legislativa”. E só. Nem precisa mais que isso. Aliás, as principais virtudes de RM, citadas pelos próprios colegas, são a humildade e a solidariedade.  

Marcelo guarda pelo menos duas semelhanças com Rômulo Gouveia e Carlos Dunga, outros dois “gordinhos” que já administraram o Legislativo: o “jogo de cintura” e a certeza de que, no campo político, é preciso saber administrar os desafios. Além da silhueta, claro.

 

Pedras no caminho

Quem sou eu para dar conselhos, mas o deputado Wilson Braga bem que podia se licenciar para cuidar mais da saúde. Com todo respeito, vejo os aperreios da atividade parlamentar como um esforço além da conta para uma pessoa na situação física de Wilson. Até por questão de zelo ao seu nome. As pedras no caminho seriam a ex-deputada Lúcia Braga, sua esposa, e o suplente Carlos Batinga. Este último, por ter disputado áreas com o deputado nas eleições de 2010.

Vice de peso

A escolha dos candidatos a vice-prefeito de João Pessoa em 2012 passará longe do critério pessoal. Com a promessa de uma das disputas mais acirradas dos últimos anos, os principais candidatos a prefeito certamente levarão mais em conta o peso partidário e financeiro dos possíveis companheiros de chapa. No primeiro caso, por causa do tempo no guia eleitoral. No segundo… Bem, acho que nem precisa dizer.

Nem pensar

A propósito, um deputado do PMDB revelou que o partido aposta em duas vertentes para escolha do vice: uma possível aliança com o PT ou a indicação de um empresário. Segundo o parlamentar, tanto o ex-governador José Maranhão como o deputado federal Manoel Júnior teriam deixado claro que não há a mínima hipótese da escolha recair sobre um vereador do partido. Seria um recado a Milanez?

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