A ascensão do suplente Major Fábio à Câmara Federal deve complicar mais ainda a situação do ex-senador Efraim Morais, secretário estadual de Infraestrutura e presidente do DEM na Paraíba. Efraim anda inibido e chateado com o processo eleitoral em João Pessoa, onde esperava indicar pelo menos o candidato a vice-prefeito na chapa da Situação.
Sem cacife dentro do grupo do governador Ricardo Coutinho (PSB) e sem forças para contrariá-lo, o político de Santa Luzia vive um clima de “Rainha da Inglaterra”, ostentando o poder que não tem.
Não fosse o mandato de deputado federal do filho, de mesmo nome, a situação do ex-todo-poderoso secretário do Senado seria ainda pior.
Major Fábio deve tomar posse agora em março, após acordo firmado com o titular da vaga, Deputado Ruy Carneiro. Apesar de ser do PSDB, partido que ajudou a eleger Ricardo Coutinho, Ruy é aliado do senador Cícero Lucena, dirigente maior dos tucanos no Estado e pré-candidato a prefeito da Capital.
O que significa dizer que, ao invés de defender Ricardo e o prefeito Luciano Agra, como faz o seu partido, o oficial da PM deve seguir a linha dos tucanos e intensificar as críticas contra as duas gestões. Mais ainda: deve insistir na tese de ser candidato de oposição pelo DEM, colocando Efraim numa saia-justa.
Afinal, como Efraim justificará ao governador que, um dos seus principais comandados, mantém uma “metralhadora giratória” mirando sua administração? O ex-senador tem demonstrado, ao longo de sua carreira política, dispor de um discurso convincente no trato com os aliados. O problema é que Ricardo Coutinho também já mostrou que não é de fácil convencimento. Vamos ver como o ex-senador Efraim sai dessa.