Mesmo que encontros não tenham ocorrido e que entendimentos políticos não tenham iniciado, ficou claro nas últimas declarações dos ex-governadores José Maranhão (PMDB) e Cássio Cunha Lima (PSDB) que uma eventual reaproximação entre as duas principais lideranças políticas da Paraíba, a partir das eleições municipais de 2012, não está descartada. O gesto de Maranhão, admitindo subir no mesmo palanque onde Cássio esteja, foi interpretado como uma senha que o tucano esperava para desarmamento de espírito em relação a um diálogo futuro. Mesmo que sua primeira reação esteja longe de um “está tudo acertado”.
E nem poderia ser diferente. Cássio sabe que tem muitos problemas a administrar. O principal deles, sua relação com o governador Ricardo Coutinho (PSB) e os cargos ocupados pelos aliados no Governo do Estado. Qualquer atitude mais efetiva na direção de Maranhão seria vista por Ricardo como um gesto de rompimento. Não é isso que Cássio quer. Não agora.
A verdade é que RC conseguiu o que parecia impossível: acender uma luz no fim do túnel na hipótese de aliança entre PMDB e PSDB na Paraíba. Maranhistas e cassistas já estão devidamente afinados em relação ao estilo político-administrativo do atual governador. As inúmeras críticas à administração estadual são provas cabais disso. Faltam apenas os acertos finais entre os dois líderes.
Pode ser questão de tempo.
Nem sim, nem não
Em entrevista a Nilvan Ferreira, da Rádio Paraíba FM, o prefeito Veneziano Vital conseguiu ser mais enigmático do que o ex-governador Cássio Cunha Lima, quando indagado sobre uma possível aliança entre PSDB e PMDB em 2012. Primeiro, disse que os interesses de Campina Grande são prioritários. Ou seja, se for para o bem de Campina… Depois, considerou muito remota essa possibilidade.
Assim, fica difícil entender.
Sem moral
O vereador Fernando Milanez não tem moral nem cacife para criticar o deputado Gervasio Maia, em relação às questões do PMDB da Paraíba. Primeiro, porque a pendência com Márcio Roberto é estadual e não municipal. Segundo, porque por diversas vezes, Milanez chantageou o PMDB ameaçando filiar-se ao PSC se suas “reivindicações” não fossem atendidas pela cúpula do partido. Sem contar com episódios anteriores como a eleição para presidente da Câmara Municipal, quando ele traiu a confiança do senador Cícero Lucena.