Vanderlan Farias

E se tudo for encenação, só para beneficiar Luciano Agra?

Num momento de tantas indefinições políticas, é natural que surjam muitas especulações e conjecturas, algumas até absurdas. Um leitor da […]

Num momento de tantas indefinições políticas, é natural que surjam muitas especulações e conjecturas, algumas até absurdas. Um leitor da coluna me questionava ontem sobre a reação pacífica, além da conta, do prefeito Luciano Agra, ao ter o tapete puxado, em plena luz do dia, pelos aliados sob o comando do governador Ricardo Coutinho (PSB). Antes que eu arriscasse qualquer palpite, o homem me veio com outra pergunta conclusiva: “E se tudo for uma montagem?”. Como assim?, fui logo querendo saber.

 

“E se o grupo do governador estiver só encenando essa disputa entre os secretários Nonato Bandeira e Estelizabel para tirar Luciano Agra do noticiário, poupando-o dos ataques da oposição, para retomar sua candidatura lá para junho, data das convenções municipais”, respondeu o leitor, com uma nova provocação.

 

Mais uma vez, silenciei. Achei a possibilidade tão absurda que nem pestanejei. Afinal, como o governador exporia tanta gente de uma tacada só, mesmo que fosse para viabilizar um candidato a prefeito no maior colégio eleitoral do Estado? Seria uma operação, no mínimo, arriscada. Muitos aliados poderiam se rebelar, posteriormente, e pular do barco.

 

De fato, é difícil imaginar, mas essa hipótese é tão absurda quanto o comportamento de Agra. Sabemos que o prefeito é subserviente ao governador, mas é bom lembrar que Ricardo Coutinho já provou, por diversas vezes, o quanto é imprevisível. Quando bota uma coisa na cabeça, ninguém tira. E quem for aliado que o acompanhe. Do contrário, caia fora.

 

Por outro lado, Agra estava, até então, sem saída. De um lado, o bombardeio de denúncias da oposição que não lhe permitia ultrapassar os 15% nas pesquisas de opinião pública. Do outro, a pressão dos próprios aliados do “Coletivo” de Ricardo Coutinho que já trabalhavam, na surdina, os nomes de Nonato e Estelizabel como alternativas.

 

O jeito é aguardar até junho, quando virão as respostas práticas que acabarão de vez com essas especulações.

 

Não tem jeito – Mesmo com todo esforço do presidente Ricardo Marcelo, nem todos da bancada federal participaram da sessão na Assembléia Legislativa em defesa do porto de Cabedelo. E olhe que o Congresso Nacional está em recesso. Não vale a desculpa de que estavam participando das atividades parlamentares, em Brasília.

 

Os faltosos – Estiveram nos debates o senador Cícero Lucena (PSDB) e os deputados federais Nilda Gondim (PMDB), mesmo licenciada, Aguinaldo Ribeiro (PP), Efraim Filho DEM) e Manoel Júnior (PMDB), além do suplente de senador Deca do Atacadão (PSDB). Não compareceram os senadores Cássio Cunha lima (PSDB) e Vital Filho )PMDB) e os deputados Damião Feliciano (PDT), Leonardo Gadelha (PSC), Hugo Mota (PMDB), Ruy Carneiro (PSDB), Benjamin Maranhão (PMDB), Romero Rodrigues (PSDB), Wilson Santiago Filho (PMDB), Wellington Roberto (PR) e até o padre Luiz Couto (PT).

 

Ovelha desgarrada – O deputado Janduhy Carneiro assegurou que se mantém na disputa pela indicação do candidato a prefeito de João Pessoa pelo PPS. Mas, como ficou de fora do diretório municipal e não tem nenhum nome indicado? Com a intervenção da direção nacional, Janduhy transformou-se numa ovelha desgarrada.

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