Vanderlan Farias

DISCURSO X TRABALHO: Unimed terá eleição plebiscitária

Pouco mais de 1.400 médicos cooperados estão aptos a eleger a nova diretoria da Unimed João Pessoa, disputa que poderia […]

Pouco mais de 1.400 médicos cooperados estão aptos a eleger a nova diretoria da Unimed João Pessoa, disputa que poderia até passar despercebida, não fossem o radicalismo e o acirramento de ânimos registrados nos últimos dias por parte da chapa de oposição.

Foram muitas denúncias contra a gestão do atual presidente, Aucélio Gusmão, que concorre à reeleição, além de sucessivas tentativas de incompatibilizá-lo com o eleitorado. Proposta que é bom, nada. Se tem, acho que a oposição esqueceu de apresentá-las. Preferiu denunciar, agredir, atacar a honra de pessoas até então inatacáveis.

Confesso que fiquei assustado com o grau das acusações. Disseram, por exemplo, que a atual gestão seria responsável por um “rombo” de R$ 47 milhões, que teria gasto mais de R$ 1 milhão somente com propaganda institucional para beneficiar o candidato à reeleição, claro. Insinuaram que documentos teriam sido queimados e até que as urnas cedidas pela Justiça Eleitoral para o pleito poderia ser fraudadas.

Mais que assustado, fiquei estarrecido, indignado com a possibilidade de estar compactuando com tanto “descalabro” administrativo. Por muito menos, qualquer gestor mereceria estar na cadeia. Fui atrás de respostas, antes de condenar. Descobri que, por sugestão dos opositores, a atual gestão passou por uma auditoria externa que nada de irregular apontou. Que o suposto “rombo” milionário refere-se a uma “autuação indevida” da Receita Federal que está sendo contestada judicialmente, já com duas decisões favoráveis, situação idêntica a de outras Unimeds do País.

Soube ainda que, ao invés de R$ 1,1 milhão, os gastos com propaganda institucional somaram pouco mais de R$ 42 mil. E que, ao invés de perder cerca de dez mil clientes, como denunciou a oposição, a Unimed/JP continua crescendo, chegando à marca de 130 mil clientes, o que representa 17,1% de toda a população da Capital. Em Recife, cidade economicamente bem mais forte, a clientela da Unimed local chega a apenas 9,8% da população. Quanto á questão das urnas… Bem, essa eu prefiro deixar que a Justiça Eleitoral responda aos acusadores.

Ao invés de encontrar provas das denúncias, acabei descobrindo que mentira tem pernas curtas, exatamente como ensina a sabedoria popular. O susto passou, mas a indignação não porque, a exemplo dos cooperados que escolherão seus dirigentes, quase fui enganado. Tomei o episódio como mais uma lição.

Afinal, mais vale uma verdade escondida que uma mentira clara. E, pelo jeito, teremos uma eleição plebiscitária na Unimed. E não será tão difícil para os cooperados, a essa altura, escolherem entre o discurso e o trabalho.

 

 

 

 

 

 

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