O PPS deve eleger, na tarde desta sexta-feira, a deputada Gilma Germano para comandar o diretório da Paraíba pelos próximos dois anos. Sem a presença do grupo do ex-presidente José Bernardino e do deputado Janduhy Carneiro. Até aí, nada de novo. São públicas as divergências entre os dois grupos, como também é nítida a vantagem numérica da ala leal ao Governo do Estado sobre seus opositores.
As atenções durante o Congresso Estadual que o partido realiza, portanto, não estarão voltadas para a eleição da nova direção. Mas, para o que dirão esses dirigentes, após eleitos, sobre a sucessão municipal em João Pessoa. Os socialistas apresentarão oficialmente seus pré-candidatos a prefeito em cerca de trinta municípios paraibanos com todos os olhares voltados, naturalmente, para a Capital.
O nome do jornalista e secretário de Comunicação do Estado, Nonato Bandeira, deve ser indicado como pré-candidato. A menos que ocorra algum imprevisto. Algo pouco provável. Porém, mais importante que isso será o tom dos discursos utilizado pelos dirigentes. Não só locais. Pelo menos sete representantes da executiva nacional confirmaram presença, segundo o vereador Bruno Farias, presidente da Comissão Provisória Estadual.
Roberto Freire não vem, alegando compromissos agendados anteriormente, mas saberá de tudo que acontecer no auditório do Hotel Ouro Branco, em Tambaú. Seus representantes se encarregarão de transmitir o recado da executiva nacional sobre o que espera do partido na Paraíba. Até porque, são muitas as especulações de que o PPS deve marchar na direção do senador Cícero Lucena, pré-candidato a prefeito pelo PSDB.
Por essa e outras, é fundamental saber, por exemplo, até que ponto a direção nacional está disposta a bancar Nonato. Todos sabem que o PPS é da base do governador Ricardo Coutinho, que já lançou Estelizabel Bezerra como pré-candidata pelo PSB. Ricardo tem dito que prefere manter Nonato na secretaria. Nonato tem dito que sua candidatura é irreversível. O PPS local também. E Ricardo certamente quer manter os dois como aliados.
Os discursos e o clima do evento podem apontar os rumos da legenda. Se o PPS vai com Nonato em qualquer situação ou somente com apoio do governador. Ou ainda, numa terceira hipótese, se dará o grito de independência, passando de mala e cuia para a oposição.