Vanderlan Farias

Até quando esperar?

    Durante pouco mais de dez anos, entre as décadas de 80 e 90, residi no bairro de Jaguaribe. […]

 

 

Durante pouco mais de dez anos, entre as décadas de 80 e 90, residi no bairro de Jaguaribe. Era um bairro simples, cercado de comunidades pobres, mas tranqüilo. Naquela época, era possível sair à noite e voltar de madrugada a pé, sem correr o risco de ser assaltado ou tampouco assassinado.

 

Sinto saudade daquela época. Hoje, Jaguaribe continua cercado de comunidades pobres, mas, a exemplo de tantos outros bairros da Capital, vive à mercê dos bandidos. Quem se arrisca a sair de casa, mesmo que seja de automóvel, não sabe se volta.

 

Assaltos à luz do dia, assassinatos a sangue frio e agora a mais recente moda importada de traficantes do Rio de Janeiro: incendiar transportes coletivos. O pior é que ninguém faz nada para mudar o quadro. Ou se faz, não há resultado prático.

 

A violência caminha a passos largos em João Pessoa e no restante da Paraíba. Basta ver os números oficiais de ocorrências. E não me venham os bajuladores de plantão alegar que o problema é nacional, mundial. Não é por isso que devemos cruzar os braços e fingir que nada está acontecendo.

 

Também não venham os mesmos bajuladores culpar governos anteriores pela situação. Isso não cola mais. Até porque, foi o então candidato Ricardo Coutinho, durante a campanha eleitoral, que prometeu usar “pulso forte” para resolver o problema da (in) segurança pública no Estado.

 

Chegou a hora de cobrar o que foi prometido. Dinheiro não falta porque, como garantiu o próprio governador e sua equipe, os cofres estão abarrotados e as nossas finanças, graças a Deus, equilibradas.

 

Se algo urgente não for feito para barrar a escalada da violência, daqui a pouco estaremos todos de braços abertos, tais qual o Cristo Redentor, e gritando: “o Rio é aqui”.   

 

 

PT deve entregar cargos a Agra

Vem de Brasília a informação de que até o final do ano a direção nacional do PT deve aprovar determinação para que o partido deixe os cargos que exerce na administração de Luciano Agra. A medida seria para concretizar o projeto de candidatura própria em 2012 na Capital e permitir uma oposição, digamos, mais efetiva ao atual prefeito.

 

 

Tem que apurar

Denúncia muito grave essa do deputado Manoel Júnior. Segundo ele, a manutenção do Hospital de Trauma teria passado de R$ 4,3 milhões, no ano passado, para atuais R$ 7 milhões sob a gestão da Cruz Vermelha. Júnior quer saber o paradeiro dessa suposta diferença. Talvez seja a causa de tanto trauma na saúde do Estado.

 

Nem aí

O deputado Janduhy Carneiro não demonstra qualquer preocupação com a reunião que o PPS fará nesta terça-feira para definir sua situação no partido, após o episódio da eleição da CCJ da Assembléia. Presidente da comissão, Carneiro até torce para ser expulso e poder procurar uma legenda “menos subserviente” ao Governo do Estado. Não custa lembrar que todas as matérias que tramitam na AL, inclusive as do Executivo, passam pelo crivo da CCJ.

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