O prefeito Luciano Agra surpreendeu a todos, na noite desta quinta-feira, ao defender a mudança de nome de João Pessoa. Não só defendeu, como considerou “inadequado” o nome para a capital paraibana.
E não foi perante aliados ou em reunião partidária, situação em que poderia posteriormente, caso necessário, dizer que houve um mal entendido, que foi mal interpretado. Sua declaração foi registrada em alto e bom som, durante evento público e com ampla platéia.
Em que pese a sinceridade do chefe do Executivo, tratando publicamente de um tema tão polêmico, a justificativa para tal proposta não poderia ser mais eleitoreira. Agra discursava durante o Encontro Regional de Políticas para as Mulheres, realizado no auditório do Sesi, centro da Capital.
De olho no processo de reeleição para 2012, o prefeito aproveitou o auditório lotado de mulheres e disse que a cidade deveria ter um nome feminino. Lembrou até os tempos em que João Pessoa foi chamada de Filipéia e Parahyba. “Se a maioria da população é formada por mulheres, nada mais natural que a cidade ter um nome feminino. Pessoalmente, acho esse nome (João Pessoa) inadequado”, disparou, causando espanto na platéia.
Agra só esqueceu de dizer que, além da população, o eleitorado de João Pessoa também é formado, em sua maioria, por mulheres. Eleitorado esse que decidirá se o atual prefeito merece ou não renovar o mandato nas eleições do ano que vem. Seria muito mais honesto.
De qualquer forma, o prefeito mexeu num vespeiro tamanho-família.
Saúde privatizada
O deputado Luciano Cartaxo (PT) acusou o Governo do Estado de querer privatizar a área de saúde. Além da entrega do Hospital de Trauma à Cruz Vermelha, Cartaxo descobriu que a Secretaria de Saúde locou 32 ambulâncias no valor de R$ 5 milhões. Para o parlamentar, não há mais dúvidas de que RC planeja terceirizar a saúde.
Saúde privatizada II
Pelas contas de Cartaxo, o contribuinte vai pagar em média R$ 26,4 mil mensais por cada ambulância, valor bem significativo levando em conta o valor para compra de um veículo desse tipo. “Os R$ 5 milhões dariam para comprar pelo menos 40 novas ambulâncias”, calcula. É de morrer!