O prefeito Luciano Agra perece ter jogado a toalha. Depois que o senador Cássio Cunha Lima declarou apoio à candidatura de Cícero Lucena, a esperança de ter um nome do PSDB como companheiro de chapa foi por água abaixo. E o PT acabou virando a “menina dos olhos” de Agra. Tanto que ele não tem medido esforços para atrair o partido de Lula para seu palanque, de forma definitiva.
Além de ampliar os espaços na administração municipal, Agra tem confidenciado aos mais próximos que a vaga de vice estaria disponível para o PT. Desde que o partido se uma em torno do seu projeto de reeleição. Além do tempo na televisão e da comprovada garra da militância petista, o prefeito está de olho na popularidade de Dilma e Lula que seriam chamados a pedir votos em seu nome.
O desejo de Agra já foi comunicado a outros partidos como DEM e PSD, também interessados na vaga de vice. Preso na estrutura do Governo do Estado e da própria Prefeitura de João Pessoa, através dos cargos que o DEM ocupa, o ex-senador Efraim Morais ainda faz “beicinho” na tentativa de obter mais alguma vantagem. Afinal, Efraim “rifou” as pretensões do Major Fábio de disputar a sucessão municipal e esperava pelo menos a vice, em caso de não vingar a aliança com o PSDB.
O caso do PSD já foi resolvido. O próprio vice-governador Rômulo Gouveia, presidente do partido, tratou de desestimular a vereadora Raíssa Lacerda, também interessada em compor a chapa majoritária. Rômulo entende que outros partidos, “como o PT”, devem ter prioridade nessa composição. O PSD ficaria como alternativa.
O problema agora é convencer o grupo do deputado Luciano Cartaxo, pré-candidato a prefeito já lançado pelo PT. Amparado em deliberação da direção nacional, que prevê candidatos próprios nas capitais, Cartaxo promete ir às últimas conseqüências para evitar a aliança com Agra. Nem que tenha de abrir mão para outro nome do PT que mantenha a postura de oposição ao atual prefeito. A tarefa não é fácil.
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Caso isolado
O vice-governador Rômulo Gouveia (PSD) tratou como um “fato isolado” as queixas do vereador Inácio Falcão (PSDB) contra o governador Ricardo Coutinho (PSB). Nem levou em conta os servidores estaduais demitidos que protestaram na Câmara Municipal de Campina Grande contra o Governo do Estado. Quem pode, pode.
Foi ou não foi?
O presidente Ricardo Marcelo anunciou que o projeto do Orçamento de 2012 foi devolvido ao Governo do Estado para adaptação à LDO promulgada pela Assembléia Legislativa. O governador Ricardo Coutinho disse que a devolução não ocorreu. Será que ficou no meio do caminho?
E as emendas?
RC também procurou minimizar a exigência dos deputados para indicação de R$ 3,5 milhões, cada, em obras no Orçamento. Disse que precisa primeiro conhecer as propostas. Ou seja, não deu garantia alguma de que acatará as indicações dos parlamentares.
Logo a merenda!
Primeiro, o senador Cássio Cunha Lima diz que “quase não tem falado com o governador”. Depois declara apoio à candidatura de Cícero Lucena em João Pessoa. Agora, aparece com a proposta de mudar as regras para compra da merenda escolar. Precisa dizer mais?