Vanderlan Farias

A nova chance do Major Fábio e a eterna covardia do DEM

O Major Fábio surgiu na política paraibana de forma inusitada. Assumiu o mandato de deputado federal com apenas 4 mil […]

O Major Fábio surgiu na política paraibana de forma inusitada. Assumiu o mandato de deputado federal com apenas 4 mil votos, após a Justiça Eleitoral cassar o mandato do seu ex-colega do DEM, Walter Brito Neto, por infidelidade, a pedido do próprio partido. Na Câmara, empunhou a bandeira da PEC 300 em favor de melhorias salariais para os policiais, sendo reconhecido em todo o País.

O reconhecimento maior di seu trabalho, entretanto, veio nas eleições de 2010. Disputando com figuras de peso da política paraibana, Major Fábio não conseguiu renovar o mandato, mas ficou na primeira suplência de sua coligação obtendo 68 mil votos, 28 mil deles em João Pessoa. Uma derrota com sabor de vitória.

Mas, no segundo turno da eleição majoritária, o Major vacilou. Preferiu ficar contra a própria categoria, que lutava pela aprovação e implantação de outra PEC destinada a melhorar a remuneração dos policiais paraibanos, em troca da promessa de licença do deputado Romero Rodrigues (PSDB) para assumir o mandato na Câmara Federal. Licença que até hoje não passou de promessa. Seu então aliado, Ricardo Coutinho (PSB), venceu a eleição e assumiu o Governo do Estado, mas não pagou e nem vai pagar a PEC dos policiais. No final, o Major ficou sem mandato e sem o respeito e admiração dos eleitores.

Arrependido, o ex-deputado garante que rompeu com o governador e agora quer ser candidato a prefeito de João Pessoa empunhando a bandeira de oposição. Alega que traiu os policiais porque foi traído por RC. Se o discurso vai colar, só o tempo dirá. Mas, o problema não é só o discurso. O DEM já deixou claro que prefere manter os cargos que tem no Governo do Estado e na Prefeitura de João Pessoa, apoiando o socialista Luciano Agra. Mesmo que tenha em mãos um candidato competitivo.

A covardia do DEM é conhecida. Desde que ficou sob o mando do ex-senador Efraim Morais, o partido não fez outra coisa a não ser negociar. Lança supostos candidatos, em seguida sela acordos que beneficiam a cúpula partidária e estamos conversados. Faz parte do DNA do partido esse “modus operandi”. Portanto, não é difícil imaginar que a pretensa candidatura do Major será rifada.

Mesmo que não possa ser candidato, o suplente do DEM terá, no ano que vem, a chance de se redimir perante seus colegas policiais. Poderá abrir uma dissidência partidária e dar o troco a quem o fez perder a confiança de sua principal base eleitoral. Se deixar essa chance escapar, estará endossando a covardia de um partido que, mesmo grande, prefere o agachamento em troca de cargos e favores a se constituir como alternativa eleitoral para os paraibanos.

Obrigado a todos

Não tenho palavras para agradecer tantas mensagens de solidariedade e conforto que recebi nesse período tão difícil. A perda de um irmão é algo irreparável, mas o apoio dos amigos alivia a intensidade da dor. E como dizia o poeta Renato Russo “… a vida continua e se entregar é uma bobagem”.

Não vou citar nomes para não correr o risco de ser traído pela memória.

Obrigado a todos, de coração.  

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