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Já são evidentes as pressões e as articulações internas neste momento em que o governador eleito, Ricardo Coutinho, planeja e estuda os possíveis nomes que comporão a sua gestão, a partir de Janeiro de 2011.
E olha que, a essa altura do campeonato, começando o mês de Dezembro de 2010, partidos aliados, que tiveram participação importante na eleição do novo governador, almejam uma “fatia” do bolo a ser dividido, pois, como manda a regra, se governa mesmo é com os amigos e não com os inimigos.
E Ricardo deve estar exercitando o chamado “jogo de cintura” para receber as pressões, os pedidos, as reivindicaões, mas com a missão de formar um governo que não tenha somente a cara do “é dando que se recebe”, mas, que também, expresse à sociedade o sentimento de mudança, defendido pelo próprio candidato eleito e que o levou a vencer as eleições no primeiro e segundo turnos.
Agora, para ser sincero, não há fórmula mágica para compor uma equipe que não contemple os aliados. Afinal, quem ajuda a vencer uma campanha eleitoral também quer ajudar a governar. Não há outra receita, outra saída.
O DEM, representado pelo senador Efraim Morais espera uma parcela considrável no governo. É óbvio. A ala do PSDB, que votou em Ricardo Coutinho, capitaneada pelo ex-governador Cássio Cunha Lima também aguarda uma definição em relação aos espaços que terá na futura gestão.
Além disso, existem outros segmentos, que sempre se transformam em problemas cruciais: são aqueles que não obtiveram sucesso na eleição, mas que conquistaram uma soma importante de votos, logo, se acham habilitados a serem contemplados.
Junte a tudo isso todos os outros partidos que integraram o leque de alianças durante a campanha, não esquecendo de incluir os “adesistas”, que sempre alimentam esperanças previamente acertadas de serem lembrados na hora da formação do governo e na distribuição dos cargos.
Quando paramos para aprofundar este assunto, começamos a perceber que, ao final, levando em conta a lógica que sempre funciona, termina sobrando muito pouco para que o governante possa imprimir ao governo, a sua marca, o seu estilo, a sua cartilha.
Ricardo terá um mês de Dezembro recheado de “lundús”, cobranças e imposições. Resta saber se ele, Ricardo, terá a habilidade para formar um governo que expresse exatamente aquilo que pregou nos palanques durante o embate eleitoral.