Nilvan

Osso duro de roer

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O deputado federal Major Fábio, do DEM, na verdade não disse nenhuma mentira ao afirmar que nunca recebeu um afago, um cumprimento ou um simples telefonema do prefeito da capital, Ricardo Coutinho, pré-candidato ao governo do estado, desejoso pelo apoio do seu partido, nas eleições do próximo ano.

E não é só o Major Fábio que pensa desse jeito. Quase todos os políticos, íntimos ou distantes de Ricardo, também comungam dessa compreensão, mas fazem questão de esconder, temendo deixar transparecer que não têm prestígio com o “Mago”.

Mas, Ricardo é assim mesmo. Sempre foi frio com os aliados, sem afago algum ou qualquer demonstração de carinho fraterno. É do seu perfil, de sua natureza, do seu jeito de ser e acho muito difícil alguém mudar essa sua característica básica.

Senão vejamos: perguntem ao deputado Zenóbio Toscano a quantidade de telefonemas que ele recebe de Ricardo por semana. Outra idéia: vamos nos informar quantos minutos de atenção têm sido dedicados, por Ricardo, por exemplo, ao ex-deputado, Ricardo Barbosa, que recentemente se transformou numas das adesões ao seu projeto político.

Major Fábio não disse nada demais. Apenas disse que terá problemas para votar e defender a candidatura de quem ele nem conhece, não tem afinidades, nunca apertou a mão, nem tão pouco recebeu até hoje uma simples ligação. E olha que Major Fábio é hoje deputado federal e lidera nacionalmente umas das lutas mais justas à nível nacional, a PEC 300, que trata da unificação do piso salarial para os policiais e bombeiros.

E soube de outro fato que pode traduzir perfeitamente o jeito “Ricardo” de fazer política. Todo mundo sabe que o deputado estadual José Aldemir Meirelles, integrante do DEM, esteve entre a vida e a morte, e precisou passar por uma complicada cirurgia no coração.

Acontece que quase todas as lideranças políticas, com ou sem mandato, fizeram, no mínimo, uma visita a Zé Aldemir. Mas, Ricardo não deu nem bola, não praticou um gesto, uma demonstração para quem pode ser um forte aliado nas próximas eleições.

E vou mais além. Uma demonstração de solidariedade humana ou um simples afago para alguém, deve ser uma necessidade lógica, permanente, diária, costumeira, independente de sua posição social, econômica ou política. Isso é regra e não pode ser a exceção.

Parece que Ricardo não está nem aí para essas coisas, mas o fato é que muita gente do DEM e do PSDB morre de amor por ele. E não venham querer me convencer a acreditar que o prefeito da capital age diferente. Ele pode até ser eleito governador, mas não mudará o conceito que já imprimiu à sua personalidade.

E olha que na prefeitura não é diferente. Ricardo não atende ligações de vereadores de sua base aliada, não costuma ser atencioso com os correligionários, ou seja, é um político distante “mil léguas” da convivência dos aliados. 

Informações para a coluna: (83) 8756-9140

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